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Crochê de infância salvou Giovanna após período difícil com burnout

Resgatar o hobby de infância foi "salvação" de Giovanna após rotina estressante lhe causar um burnout

Por Idaicy Solano | 28/04/2024 08:25
Toucas ‘Moranguete’ são o maior sucesso com os amigos capoeiristas, diz Giovanna (Foto: Arquivo Pessoal)
Toucas ‘Moranguete’ são o maior sucesso com os amigos capoeiristas, diz Giovanna (Foto: Arquivo Pessoal)

De touca ‘Moranguete’ a conjunto ‘Pronta Pro Crime’, o céu é o limite para a criatividade dos crochês da “Leoa”. A dona das mãos habilidosas por trás da marca é a profissional de educação física Giovanna Nantes, 25, que encontrou no crochê um respiro após sofrer um burnout por conta do excesso de trabalho, além de uma alternativa para uma segunda fonte de renda.

Ela revela que as inspirações para crochetar e os nomes das peças são suas próprias vivências, viagens e amigos, ou até mesmo pedido de clientes. O conjunto ‘Pronta Pro Crime’, por exemplo, foi uma encomenda para uma amiga que foi ao Festival Macunaíma, e recebeu esse nome pois, segundo Giovanna, “ela é uma gata que realmente tá sempre pronta pro crime”. Já as toucas ‘Moranguete’ são o maior sucesso com os amigos capoeiristas.

Ela ressalta que cada peça é única, e é batizado com um nome, de acordo coma  personalidade das clientes. O conceito pegou, e agora geralmente quando alguém faz uma encomenda, já pede o nome que quer nas peças, o que a artesã considera muito legal.

“Viajando, descobri que muitas pessoas conseguiam fazer estampas muito loucas nas toucas, eu queria aprender e fazer também, daí eu fui tentando reproduzir e dar a minha cara nas peças de crochê que eu via por aí”, conta Giovanna.

Giovana trabalha com a técnica chamada de fio conduzido, que consiste no trabalho com várias linhas ao mesmo tempo na mesma peça, podendo criar várias possibilidades de padrões e estampas, diferente do crochê tradicional, que é feito com um fio por vez, conforme explica a artesã. A maioria das peças é feita com linhas 100% algodão, mas ela também trabalha com fio náutico e fio de malha ecológica, dependendo da demanda.

Aos 19 anos, Giovanna conta que experimentava uma rotina repleta de afazeres. Frequentava a faculdade de manhã, estágio obrigatório no almoço, dava aula de capoeira à tarde numa escola particular, depois ia para um segundo estágio remunerado numa academia de noite para “poder dar conta dos corres da vida”. Foi nessa rotina descrita como “maluca” para artesã, que ela se viu em um momento de crise ao sofrer um burnout.

Giovanna resgatou hobbie da infância e trasnformou crchê em fonte de renda durante a pandemia (Foto: Arquivo Pessoal)
Giovanna resgatou hobbie da infância e trasnformou crchê em fonte de renda durante a pandemia (Foto: Arquivo Pessoal)

“Embora estivesse feliz com as minhas escolhas e conquistas, eu cheguei num limite de esforço e responsabilidade absurdo, tive um esgotamento emocional. Então, fui me cuidar e busquei algo reconfortante para poder fazer enquanto estava ‘de licença’”, explica.

Ela deu um tempo na faculdade, no estágio e parou com as aulas de capoeira para poder cuidar da saúde. Foi neste momento em que ela decidiu resgatar um dos hobbies que adorava fazer quando era criança, na companhia da avó: o crochê.

Ela relembra que investiu R$ 200 em agulhas e linhas, e chegou em casa com uma sacola enorme, sentou em frente ao computador, e começou a assistir vídeo aulas de crochê. “Meu marido ficou sem entender nada, foi super engraçado. Em uma semana eu fiz umas bolsas malucas e comecei a presentear meus amigos, fui criando umas coisas com o que eu tinha de recurso”.

O hobby virou trabalho apenas na pandemia, quando Giovanna se viu sem emprego e sem condições emocionais de enfrentar uma ocupação CLT. Ela relembra que o único recurso e investimento que tinha na época era o crochê, então buscou se informar como transformar isso em uma fonte de renda.

Atualmente, Giovanna é formada em educação física, e trabalha na área de ortopedia e fisioterapia. Ela optou em continuar trabalhando com o crochê em paralelo com sua ocupação principal, como uma maneira de aliviar o estresse e explorar a criatividade com o artesanato. “E ainda consigo render ‘una plata’”, brinca.

Giovana tece bolsas, pochetes, mochilas, cachepôs, conjuntos de tapetes, conjunto americano, croppeds, blusas, biquínis, saias, buckets, toucas e shorts.

Quem quiser conhecer o trabalho dela, basta ir no Instagram @croche.leoarasta. Ela trabalha com peças a pronta entrega e encomendas.

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