MS se destaca como possível fornecedor estratégico de soja para os chineses
Estado, que colheu mais de 12 milhões de toneladas de soja na safra 2023/2024, deve atingir 13 milhões agora
O aumento das tarifas cobradas pelos Estados Unidos sobre produtos importados da China pode abrir novas oportunidades para o Brasil no comércio internacional. Com a necessidade de buscar novos fornecedores, a China tem voltado os olhos para o mercado brasileiro — especialmente para a soja.
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O aumento das tarifas dos EUA sobre produtos chineses pode beneficiar o Brasil, especialmente Mato Grosso do Sul, como fornecedor de soja para a China. Com uma colheita de mais de 12 milhões de toneladas na safra 2023/2024, o estado está bem posicionado para atender à demanda chinesa. Recentemente, a China comprou 2,4 milhões de toneladas de soja brasileira, destacando o potencial do Brasil no mercado. O país já é o maior exportador de soja para a China, mas ainda é cedo para prever uma substituição total da soja americana pela brasileira.
De acordo com a a Aprosoja-MS (Associação dos Produtores de Soja de Mato Grosso do Sul) O cenário favorece o Estado, que pode ampliar sua participação nas exportações do grão.
Os produtores sul-mato-grossenses colheram mais de 12 milhões de toneladas de soja na safra 2023/2024 e esperam colher mais de 13 milhões na próxima safra. A produção tem qualidade, regularidade e boa logística de escoamento, o que coloca o MS em posição estratégica para atender a demanda crescente dos chineses.
Cenário - Nesta semana, a agência Bloomberg informou que a China comprou uma “quantidade incomumente grande” de soja brasileira — cerca de 2,4 milhões de toneladas. O volume chamou atenção pelo tamanho e rapidez da operação.
A expectativa é que um cenário mais claro só possa ser traçado em maio, quando os números da balança comercial de abril forem divulgados.
Atualmente, o Brasil já é o maior exportador de soja para a China, seguido pelos Estados Unidos — que destinam cerca de metade da sua produção àquele país. Mesmo assim, especialistas acreditam que ainda é cedo para prever uma substituição total da soja americana pela brasileira. Isso porque há uma divisão natural no fornecimento global: o Brasil domina o mercado no primeiro semestre e os EUA no segundo.
Dados do governo federal mostram que, até 21 de março, o Brasil exportou 10,25 milhões de toneladas de soja — um aumento de quase 60% em relação a fevereiro. A média diária de embarques também cresceu mais de 25% na comparação com o mesmo período do ano passado.
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