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Lado Rural

Rebanho bovino bate recorde em 2021 e chega a 224,6 milhões de cabeças

Corumbá (MS) é o segundo município com maior rebanho bovino no País. O líder é o paraense São Félix do Xingu

José Roberto dos Santos | 22/09/2022 11:30
Rebanho bovino do Mato Grosso mantém-se na liderança do ranking de maiores produtores. (Foto: Divulgação/IBGE)
Rebanho bovino do Mato Grosso mantém-se na liderança do ranking de maiores produtores. (Foto: Divulgação/IBGE)

O rebanho bovino cresceu pelo terceiro ano consecutivo em 2021 e alcançou o número recorde da série histórica, segundo a PPM (Pesquisa da Pecuária Municipal), divulgada hoje (22) pelo IBGE. O crescimento de 3,1% na comparação com 2020 fez o número de cabeças chegar a 224,6 milhões, ultrapassando o recorde anterior, de 2016 (218,2 milhões).

De acordo com Mariana Oliveira, analista da pesquisa, o ano de 2021 foi marcado pela retenção de fêmeas para produção de bezerros, assim como já havia sido em 2020, em contraponto à queda no abate de bovinos, devido à falta de animais prontos para o abate.

Mato Grosso, como em 2020, foi líder no ranking estadual, com 32,4 milhões de cabeças, ou 14,4% do efetivo nacional. A seguir vem Goiás (10,8%), seguidos por Pará, Minas Gerais e Mato Groso do Sul.

No ranking municipal, a liderança segue com São Félix do Xingu (PA), como em 2020, alcançando 2,5 milhões de cabeças. Corumbá continuou com o segundo maior rebanho do Brasil, 1,8 milhão de animais, 9,9% do efetivo do Mato Grosso do Sul. Seguem-no os municípios de Ribas do Rio Pardo (8º do Brasil), Aquidauana (15º) e Porto Murtinho (23º). O destaque foi para o município de Rio Verde de Mato Grosso (29º), que passou a frente de Três Lagoas (43º).

Em 2021, o efetivo bovino em Mato Grosso do Sul apresentou mais uma redução em seu rebanho, chegando a 18,6 milhões de cabeças, cerca de 418 mil cabeças a menos (-2,2%) em relação à data de referência do ano anterior. A estimativa deu continuidade à retração iniciada em 2017 e segue na contramão da produção nacional que vem na crescente desde 2019 e que em 2021 teve o maior valor já estimado pela pesquisa, superando o recorde anterior da série histórica, de 218,2 milhões em 2016.

Produção pecuária – O valor de produção dos principais produtos pecuários chegou a R$ 91,4 bilhões. A produção de leite concentrou 74,5% deste valor, seguida pela produção de ovos de galinha (23,9%). No ranking municipal, mesma lista de 2020: Santa Maria de Jetibá (ES) apresentou o maior valor da produção, com R$ 1,4 bilhão, dos quais 94,1% da venda de ovos de galinha, produto no qual lidera o ranking. Bastos (SP) vem na sequência, com R$ 1,0 bilhão, 95,7% proveniente da mesma atividade que o anterior. Castro (PR) fecha o TOP3, como maior produtor nacional de leite de vaca, com 97,3% do valor de produção de R$ 901,9 milhões proveniente desse produto.

Sul domina a suinocultura – O rebanho de suínos cresceu 3,2% em 2021, chegou-se a 42,5 milhões de animais, o maior efetivo nacional de suínos da série histórica da pesquisa. Segundo Mariana, o ano registrou aumentos históricos nos preços dos insumos “Foi um cenário desafiador aos produtores, principalmente os independentes, mas o abate de suínos cresceu e as exportações de carne suína seguiram aquecidas, atingindo recordes em volume e faturamento”, ressalta.

A Região Sul continua como a principal para a criação: 21,4 milhões de animais, metade do efetivo nacional.  Com 8,4 milhões de cabeças, crescimento de 7,8%, Santa Catarina seguiu liderando em nível estadual, seguido por Paraná e Rio Grande do Sul.

Entre os municípios, mais uma vez Toledo (PR) apresentou o maior efetivo, seguido dessa vez de Uberlândia (MG) e Rio Verde (GO).

Arte: IBGE
Arte: IBGE


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