"Nada foi feito sem aviso", afirma prefeito sobre confusão no lixão
O prefeito de Campo Grande, Nelson Trad Filho, comentou nesta manhã a confusão ocorrida ontem no fechamento do lixão da cidade, no bairro Dom Antônio Barbosa, quando catadores foram detidos, pelo menos duas delas feridas em confronto com a Polícia Militar. Nelsinho disse que “nada foi feito sem aviso”. Para ele, o que aconteceu no lixão teve “viés político”.
O prefeito afirmou que 80% dos catadores que atuavam no lixão estão de acordo com as mudanças, que prevêem o trabalho na separação dos resíduos sólidos no novo aterro implantado na região. Nelsinho usou a máxima “não há como fazer um omelete sem quebrar os ovos” para definir a situação no lixão do Dom Antônio.
Ele comentou, ainda, que a cobertura da UTR (Unidade de Tratamento de Resíduos), no novo aterro, deve ficar pronta amanhã. Os catadores reclamam que a unidade não estava cem por cento concluída e mesmo assim o lixão foi fechado.
A CG Solurb, consórcio que passou no mês passado a gerenciar o lixo em Campo Grande, informou ontem que a unidade comporta 180 pessoas, divididas em três turnos. Ainda de acordo com a empresa, no total 438 pessoas foram cadastradas para o trabalho ali.
Dia tenso – A confusão no lixão começou ontem logo cedo,quando os portões foram fechados. A Polícia Militar enviou equipes para garantir o fechamento, catadores se revoltaram e tentaram entrar no local, houve confronto com pedras e paus atirados pelos trabalhadores e a resposta dos policiais foi com bombas de efeito moral e tiros de borracha.
Segundo a informação da Polícia Civil, cinco catadores foram levados para a Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário). Para um deles, foi aplicada multa por dano, por ter apedrejado um caminhão da CG Solurb.