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Meio Ambiente

Após controle de incêndio, brigadistas mantêm monitoramento de focos no Pantanal

Nos primeiros dias de outubro, foram registrados 159 focos de incêndio nos municípios pantaneiros

Por Clara Farias | 09/10/2023 09:35

Após o controle de incêndio em quatro cidades do Pantanal, o Prevfogo (Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais) mantém monitoramento e vigilância nas áreas de ocorrências. Em Mato Grosso do Sul, foram registrados 159 focos de incêndio nos primeiros dias de outubro e a maior parte, 112, detectada na Terra Indígena Kadiwéu. Outros 28 focos estavam em Corumbá. Nesta segunda-feira (9), as equipes estão empenhadas em exinguir incêndios subterrâneos e derrubar árvores com brasa.

Segundo o coordenador do PrevFogo, Márcio Yule, a situação está controlada desde sexta-feira (6), quando choveu, e agora o trabalho dos brigadistas é considerado de extrema importância para evitar que o fogo volte. São 63 brigadistas empenhados na Operação Kadiwéu que ficará na região até amanhã (10). A Terra Indígena é de 539 mil hectares e de difícil acesso.

"Mesmo após as chuvas, é extremamente importante e necessário voltar nas áreas afetadas para extinção total dos focos remanescentes, abrindo valas em incêndios subterrâneos, derrubando árvores com brasa", explicou Márcio Yule.

Ele relata que se amanhã a situação estiver tranquila, serão desmobilizados 15 brigadistas de outras brigadas e ficarão 48 brigadistas indígenas Kadiwéus no local, distribuídos nas aldeias Alves de Barros, São João e Tomazia.

Mato Grosso do Sul sem detecção de fogo ativo nesta segunda-feira (9). (Foto: Satélite/ Instituto Nacional de Pesquisa Espacial)
Mato Grosso do Sul sem detecção de fogo ativo nesta segunda-feira (9). (Foto: Satélite/ Instituto Nacional de Pesquisa Espacial)

Devido ao período crítico, o Corpo de Bombeiros reforçou as equipes de monitoramento no Pantanal. “Todo Mato Grosso do Sul tem condições climáticas e de estiagem que são preocupantes. Porém, o bioma Pantanal requer uma atenção maior”, explicou a tenente-coronel Tatiane Inoue, chefe do CPA (Centro de Proteção Ambiental), que faz o monitoramento do Estado.

No mês passado, em quatro dias de incêndio em Rio Negro, fogo devastou 571 hectares. A área equivale a 800 campos de futebol. O fogo também deixou rastros de mortes e além de extinguir as chamas, os bombeiros também trabalhavam para salvar os animais.

Carcaça de jacaré encontrada nesta manhã, num dos pontos de combate a incêndios no Pantanal (Foto: Corpo de Bombeiros/Divulgação)
Carcaça de jacaré encontrada nesta manhã, num dos pontos de combate a incêndios no Pantanal (Foto: Corpo de Bombeiros/Divulgação)

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