Com pedras e bala de borracha, polícia e catadores têm novo confronto
O fechamento do lixão de Campo Grande segue em clima de tensão. Após tumulto em frente ao local, com direito a tropa de choque, bombas de efeito moral, balas de borracha e prisões, um novo confronto acontece no bairro Dom Antônio Barbosa.
Os catadores atearam fogo a uma estrada que faz a ligação do bairro ao lixão. A medida foi para dificultar o acesso da polícia. No entanto, os policiais chegaram e foram recebidos a pedradas. Eles revidaram com disparos de balas de borracha.
A primeira confusão do dia veio em reposta à tentativa dos catadores de impedir a entrada de caminhões de coleta no lixão. Hoje, o local está sendo desativado pela prefeitura de Campo Grande.
De acordo com a Defensoria Pública, no tumulto foram presos Rodrigo Leão Marques,conhecido como Carioca; Éder Cirilo; José Welmar e Flávio Juninho de Morais. José foi ferido no queixo e Flávio, no pé.
A defensora Olga Lemos Cardoso de Marco recolheu as balas de borracha e disse que vai processar a empresa CG Solurb por dano moral e tortura.
De acordo com Olga, os policiais disseram que levariam os feridos para a farmácia, mas o destino foi o camburão. Uma ambulância do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) está em frente ao lixão. Os bombeiros entraram no local.
No começo da manhã desta terça-feira, os policiais e a Guarda Municipal estavam do lado de fora. O acordo era esperar os 20 trabalhadores, que entraram meia-noite, saírem após a comercialização dos materiais recicláveis. No entanto, outros catadores continuaram a entrar e a polícia também entrou no lixão.