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Meio Ambiente

Com pedras e bala de borracha, polícia e catadores têm novo confronto

Aline dos Santos e Mariana Lopes | 18/12/2012 12:17
Catadores atearam fogo para dificultar acesso da polícia no Dom Antônio. (Foto: Rodrigo Pazinato)
Catadores atearam fogo para dificultar acesso da polícia no Dom Antônio. (Foto: Rodrigo Pazinato)

O fechamento do lixão de Campo Grande segue em clima de tensão. Após tumulto em frente ao local, com direito a tropa de choque, bombas de efeito moral, balas de borracha e prisões, um novo confronto acontece no bairro Dom Antônio Barbosa.

Os catadores atearam fogo a uma estrada que faz a ligação do bairro ao lixão. A medida foi para dificultar o acesso da polícia. No entanto, os policiais chegaram e foram recebidos a pedradas. Eles revidaram com disparos de balas de borracha.

A primeira confusão do dia veio em reposta à tentativa dos catadores de impedir a entrada de caminhões de coleta no lixão. Hoje, o local está sendo desativado pela prefeitura de Campo Grande.

De acordo com a Defensoria Pública, no tumulto foram presos Rodrigo Leão Marques,conhecido como Carioca; Éder Cirilo; José Welmar e Flávio Juninho de Morais. José foi ferido no queixo e Flávio, no pé.

A defensora Olga Lemos Cardoso de Marco recolheu as balas de borracha e disse que vai processar a empresa CG Solurb por dano moral e tortura.

De acordo com Olga, os policiais disseram que levariam os feridos para a farmácia, mas o destino foi o camburão. Uma ambulância do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) está em frente ao lixão. Os bombeiros entraram no local.

No começo da manhã desta terça-feira, os policiais e a Guarda Municipal estavam do lado de fora. O acordo era esperar os 20 trabalhadores, que entraram meia-noite, saírem após a comercialização dos materiais recicláveis. No entanto, outros catadores continuaram a entrar e a polícia também entrou no lixão.

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