Fogo avança e brigadistas lutam para proteger a Reserva Novos Dourados
Incêndio provocado por raio já devastou 20 mil hectares e mobiliza equipes com aviões e helicóptero
RESUMO
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Um incêndio de grandes proporções atinge a Serra do Amolar, no Pantanal sul-mato-grossense, tendo já consumido aproximadamente 20 mil hectares. Brigadistas trabalham intensamente para impedir que as chamas avancem em direção à Reserva Particular do Patrimônio Natural Novos Dourados, adjacente à área afetada. O combate ao fogo, iniciado em 27 de setembro após um raio atingir a vegetação, envolve 37 brigadistas do Prevfogo/Ibama e da Brigada Alto Pantanal, com suporte de duas aeronaves e um helicóptero. As equipes enfrentam desafios como ventos fortes, altas temperaturas e terreno acidentado com morros de até 900 metros de altitude.
O fogo ainda avança pela Serra do Amolar, um dos locais mais preservados e isolados do Pantanal sul-mato-grossense, e já consumiu cerca de 20 mil hectares. A informação é do coronel Ângelo Rabelo, presidente do IHP (Instituto Homem Pantaneiro). Segundo ele, a principal preocupação agora é impedir que o fogo avance em direção à RPPN (Reserva Particular do Patrimônio Natural) Novos Dourados, vizinha à área em chamas.
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Desde 27 de setembro, brigadistas enfrentam o incêndio florestal de grandes proporções em meio a morros, cânions e paredões de até 900 metros de altitude, próximo à fronteira com a Bolívia.
Rabelo afirma que o combate tem sido um grande desafio, pois, além da dificuldade de acesso, as equipes enfrentam ventos fortes e altas temperaturas, o que exige uma estratégia de contenção muito cuidadosa.
A operação é coordenada pelo IHP e pelo Prevfogo/Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), com apoio da Defesa Civil Estadual. Cerca de 25 brigadistas do Prevfogo e 12 da Brigada Alto Pantanal estão atuando no local, com suporte aéreo de dois aviões que realizam o lançamento de água em áreas críticas. Um helicóptero também auxilia no transporte das equipes e no reconhecimento dos focos ativos.
Sistema Pantera - O Ibama informou que, nos primeiros dias de atuação, a prioridade foi garantir a proteção da antena do Sistema Pantera, instalada no alto da serra. O equipamento, que integra a rede de vigilância ambiental do Pantanal, possui câmeras de 360° e inteligência artificial para detecção de focos de calor. As chamas chegaram próximas ao local, mas as equipes conseguiram conter o avanço e evitar danos à estrutura.
O incêndio começou após um raio atingir a vegetação no topo da serra, iniciando o fogo que se espalhou rapidamente devido à seca e aos ventos fortes. Com o reforço da operação aérea e a chegada da chuva em alguns pontos, parte das linhas de fogo foi controlada, mas o trabalho segue intenso.
A preocupação das equipes é que as chamas alcancem áreas planas próximas à divisa com a Bolívia, onde há grande acúmulo de material combustível, o que poderia ampliar significativamente o incêndio.
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