Imagens de antes e depois mostram como a chuva mudou o Pantanal
Instituto Homem Pantaneiro divulgou nesta sexta-feira (4) registros da Serra do Amolar
Imagens divulgadas pelo IHP (Instituto Homem Pantaneiro) nesta sexta-feira (4) mostram como o Pantanal tem mudado neste primeiro semestre. Se no ano passado a seca e as queimadas marcaram o bioma, em 2025 o cenário é outro, com influência importante das chuvas.
RESUMO
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O Pantanal apresenta significativa recuperação no primeiro semestre de 2025, com redução expressiva nos focos de incêndio em comparação ao ano anterior. Na Serra do Amolar, em Corumbá, houve queda de 90% nas ocorrências, enquanto no bioma como um todo a redução chegou a 98%. As chuvas abundantes contribuíram para a melhoria do cenário, elevando o nível do rio Paraguai acima de 3,2 metros, marca não alcançada desde setembro de 2023. Apesar dos resultados positivos, o Instituto Homem Pantaneiro alerta que o período mais crítico para incêndios começa em agosto, exigindo contínua vigilância e ações preventivas.
Além das fotos, o IHP compartilhou dados que mostram a dimensão da mudança. Na Serra do Amolar, em Corumbá, o Sistema Pantera registrou 69 focos de incêndio no primeiro semestre de 2024. No mesmo período deste ano, foram apenas 7, uma queda de 90%. Já no Pantanal inteiro, no 1º semestre de 2024, foram 119.586 focos de calor. Enquanto que no 1º semestre de 2025 foram 2 384 focos. O equivalente a queda de 98%.
Em relação ao cenário de estiagem enfrentado desde 2020, houve uma trégua em 2025. Segundo o IHP, choveu mais neste ano em comparação com 2024, o nível do rio Paraguai subiu a mais de 3,2 metros, o que não acontecia desde setembro de 2023, o que fez com que muitas áreas passassem a ficar alagadas. “Essa contribuição da natureza tem sido fundamental. É uma esperança renovada”, afirma o diretor-presidente do IHP, Angelo Rabelo.
Ele explica que o trabalho de prevenção também segue firme, com ações em campo e educação ambiental. “Muitos esforços têm sido realizados para prevenir os incêndios florestais no Pantanal. Trabalhar com prevenção passou a ser uma exigência, manter brigada atuando ao longo de todo o ano, construindo aceiros, criando rotas de fuga para animais. Um trabalho de educação ambiental em comunidades e outras áreas também é uma prioridade”, fala.
Apesar da mudança no cenário do Pantanal, o diretor do IHP enfatiza que o período historicamente mais grave para os incêndios ainda não passou. "O monitoramento para identificar fumaça com o Pantera também é contínuo, sendo 24/7. Porém, historicamente, o período mais grave para os incêndios começa em agosto, e a educação ambiental sobre o uso do fogo de forma racional é primordial para não termos novo cenário de tragédia”, aponta.

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