Luizinho, tamanduá que sobreviveu ao fogo, volta ao Pantanal
Tamanduá-bandeira passou por cinco meses de tratamento para queimadura com pele de tilápia em Aquidauana
Sobrevivente dos incêndios que tomaram conta das áreas de mata e reservas no Pantanal, no ano passado, o tamanduá Luizinho foi reintroduzido ao seu habitat natural em janeiro deste ano. O animal foi resgatado em agosto no Refúgio Caiman, em Miranda, a cerca de 200 quilômetros de Campo Grande, com mais de 30% do corpo queimado, desidratado e sem forças.
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O tamanduá Luizinho, sobrevivente dos incêndios no Pantanal, foi reintroduzido ao seu habitat natural após ser resgatado com queimaduras graves. Tratado com pele de tilápia e medicamentos, Luizinho passou cinco meses em recuperação. Ele foi solto na mesma área onde foi encontrado e será monitorado por dois anos. Luizinho foi o único sobrevivente entre sete tamanduás resgatados. Sua dieta especial foi desenvolvida para substituir cupins e formigas. O Instituto Tamanduá lidera o monitoramento e celebra a recuperação do animal.
Conforme a fundadora do Instituto Tamanduá, Flávia Miranda, Luizinho foi solto na mesma área em que foi resgatado. "Aqui estava tudo queimado e agora a gente vê um verde lindo desse", comenta Flávia em vídeo publicado pela instituição. O vídeo da soltura de Luizinho foi divulgado somente nesta sexta-feira (7).
Flávia explica que o tamanduá ficou cinco meses com a equipe, e suas queimaduras foram tratadas com pele de tilápia, e medicamentos avançados para queimadura. "Agora a gente vai monitorar ele todos os dias, para ver como é que ele está andando", explicou a fundadora do instituto.
O monitoramento de Luizinho é feito durante dois anos após a soltura, conforme o site do Instituto Tamanduá. Flávia explica que, daqui a um mês e meio, ele será capturado novamente para análise de peso e tamanho, e também para verificarem se o rádio que emite o sinal está bem instalado. "A gente fica feliz porque é uma conquista", finalizou ela.
Apesar dos esforços, Luizinho foi o único sobrevivente entre os sete tamanduás-bandeira resgatados na região. Um dos maiores desafios foi alimentá-lo, já que a dieta natural desses animais é baseada em cupins e formigas. Luizinho foi nutrido com uma ração especial desenvolvida após anos de pesquisa, combinada com ovo e farinha de insetos.
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