MS é o 8º no Brasil que mais emitiu carbono em relação ao PIB, diz estudo
Atividade agropecuária e incêndios florestais estão associados ao resultado do Estado
Ranking divulgado no lançamento do 1º Anuário Estadual de Mudanças Climáticas, mostra os estados que mais emitiram carbono em relação ao próprio PIB (Produto Interno Bruto). O levantamento traz Mato Grosso do Sul em oitavo lugar.
RESUMO
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Ranking divulgado no 1º Anuário Estadual de Mudanças Climáticas coloca Mato Grosso do Sul em oitavo lugar entre os estados que mais emitem carbono em relação ao PIB. A lista é liderada por estados da Amazônia Legal, como Acre e Rondônia. O estudo, feito pelo Observatório do Clima e IBGE, aponta que a agropecuária e incêndios florestais influenciam as emissões no MS. O Acre lidera com 2,5 tCO2e por R00 de PIB. O desmatamento é destacado como ineficiente, gerando pouca riqueza. Dados completos ainda são aguardados.
A lista é liderada por Acre, Rondônia, Mato Grosso, Pará e Maranhão, todos com parte do território na Amazônia Legal. A Folha de S. Paulo teve acesso às informações e publicou a relação completa, que tem Maranhão, Tocantins e Piauí antes de Mato Grosso do Sul.
A avaliação é resultado do cruzamento de números do Seeg (Sistema de Estimativas de Emissões e Remoções de Gases de Efeito Estufa), iniciativa do Observatório do Clima, e do PIB extraídos do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
No caso do Estado, a atividade agropecuária teve influência sobre o índice. Os incêndios florestais também são citados. A organização do documento foi feita pelo Centro Brasil no Clima em parceria com o ICS (Instituto Clima e Sociedade), e com apoio do Instituto Itaúsa.
"Nos estados amazônicos, temos emissão muito grande por causa do desmatamento e um PIB pequeno – o que leva ao índice maior. Isso demonstra que o desmatamento é uma atividade muito ineficiente, que gera muito pouca riqueza e bem-estar para a população", disse William Wills, diretor técnico do Centro Brasil no Clima.
Quanto - Mato Grosso do Sul emitiu 0,379 tCO2e para cada R$ 1000 em PIB produzidos em 2022. A medida considera toneladas de carbono equivalente, o potencial de aquecimento da atmosfera do conjunto de gases do efeito estufa. No ano anterior, essa emissão foi de 0,379 tCO2e.
Os índices do Acre, que está no topo da lista, são bem maiores: foram cerca de 2,5 tCO2e em 2022 e 2,4 tCO2e em 2021. Os resultados do estado e dos quatro colocados da Amazônia Legal está relacionado com PIB baixo e desmatamento, segundo o estudo.
A reportagem pediu acesso aos dados completos e aguarda retorno.
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