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Meio Ambiente

Número de propriedades rurais com risco de incêndio cai lentamente em MS

Em 2023, 318 áreas entraram na lista de monitoramento, contra 333 do ano passado, quando 214 se confirmaram

Ângela Kempfer | 02/05/2023 10:35
Brigadista em combate ao fogo em 2019 (Foto: Paulo Francis)
Brigadista em combate ao fogo em 2019 (Foto: Paulo Francis)

Estudo sobre as queimadas no Pantanal mostra queda lenta nas áreas com alto risco de incêndios florestais que devastam vegetação e matam animais todos os anos nos meses de estiagem. Em 2023, são 318 propriedades apontadas como prioritárias para monitoramento, quantidade um pouco menor que a que constava em alerta no ano passado, que apontou 336 propriedades ameaçadas, maior que 2021, quando foram 333 em alto risco.

No ano passado, o alerta se confirmou em 214 áreas, 44 delas já haviam sido definidas como prioritárias também em 2021.

O levantamento foi feito em fazendas com mais de 1.000 hectares e apresentado pelo Projeto Pantanal em Alerta, que subsidia o Ministério Público Estadual, Corpo de Bombeiros, Polícia Militar Ambiental e Imasul (Instituto do Meio Ambiente), nas ações de prevenção e combate.

Na lista de 2023, entram sete municípios de Mato Grosso do Sul. Corumbá é a recordista (255), seguida por Aquidauana (40), Porto Murtinho (13) Miranda (6), Rio Verde de Mato Grosso (2), Sonora (1) e Ladário (1).

Os pontos mais sensíveis se dividem em seis linhas de ação. A primeira envolve 107 propriedades onde foram confirmados incêndios em 2022.

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Também estão no alvo 60 com maior potencial de existência de espécies sensíveis, 83 com recorrência de incêndios em anos anteriores, 48 que ficam ao lado de Unidades de Conservação, 16 prioritárias de 2021 e 2022 que foram impactadas pelos incêndios no ano passado, 4 com reincidência em 2020 e 2021.

“O intuito é sempre identificar as propriedades rurais com áreas naturais mais sensíveis ao fogo, nas quais, caso ocorram incêndios, os danos serão maiores. Para isto, utilizou-se os dados do cruzamento entre as áreas com potencial acúmulo de biomassa e áreas prioritárias para a prevenção de incêndios com foco em espécies sensíveis de áreas naturais”, esclarece o relatório.

Uma das maiores preocupações este ano é com 62 áreas consideradas com “espécies sensíveis”. Para chegar a esse número, houve cruzamento de dados geográficos do Cadastro Ambiental Rural,

No ano passado, foram identificadas 326 propriedades rurais prioritárias, situadas nos municípios de Aquidauana (21), Corumbá (262),  Miranda (6), Ladário (1) e Porto Murtinho (36), dentre as quais 29 eram áreas com probabilidade de acúmulo de biomassa e prioritárias para prevenção de incêndios, com foco em espécies sensíveis e com baixo potencial de regeneração.

O monitoramento anual de áreas prioritárias para ações de intervenção e prevenção de incêndios na Bacia do Alto Paraguai é elaborado em parceria técnico-científica com o Laboratório de Ecologia da Intervenção da UFMS (LEI), do Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais do Departamento de Meteorologia da UFRJ (LASA) e da Restaura Consultoria e Treinamentos, com o Ministério Público Estadual de Mato Grosso do Sul e a Fundação Tuiuiú (UCDB).

“A identificação destes imóveis permite a elaboração de um 'mapa de risco' que servirá como subsídio para a adoção de medidas preventivas”, completa o relatório.

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