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Meio Ambiente

PMA multou traficantes em R$ 2,3 milhões por venda ilegal de papagaios

Em 2021, foram 236 animais recolhidos pelo órgão; nesta manhã, foi deflagrada operação deste ano

Guilherme Correia | 10/08/2022 10:50
Papagaios eram traficados no Estado e foram recolhidos pela PMA. (Foto: Divulgação)
Papagaios eram traficados no Estado e foram recolhidos pela PMA. (Foto: Divulgação)

PMA (Polícia Militar Ambiental) deflagrou nesta manhã (10) a operação Bocaiúva, que visa enfrentar o tráfico de animais em Mato Grosso do Sul. Em 2021, a ação apreendeu 236 aves e autuou cinco traficantes em R$ 2,3 milhões.

O período para o trabalho de fiscalização foi escolhido por ser o início da época de reprodução de espécies como papagaios, que são os mais procurados em território estadual, além de araras, periquitos, maritacas, dentre outros. A operação ocorre pelo quinto ano seguido.

Segundo a PMA, foram apreendidos 180 papagaios em 2019 e apenas sete em 2020 - uma redução de 94%. No entanto, o mesmo número de traficantes presos ocorreu nos dois anos. Em 2021, houve um aumento, quando foram apreendidos 236 papagaios, com prisão de um casal paranaense.

O tráfico de animais silvestres é considerado a terceira atividade criminosa mais rentável, perdendo apenas para o tráfico de drogas e o tráfico de armas. Porém, em Mato Grosso do Sul, o problema se resume quase que especificamente ao papagaio.

Estarão envolvidos policiais das subunidades do órgão na região mais afetada, que são municípios nas divisas com os estados de São Paulo e Paraná, como Jateí, Batayporã, Bataguassu, Ivinhema, Novo Horizonte do Sul, Anaurilândia, Santa Rita do Pardo, Noiva Andradina, Três Lagoas e Brasilândia.

Os agentes receberão reforços de outros locais, como forma de evitar retirada dos filhotes dos ninhos. Mesmo com a apreensão dos animais, "os danos à natureza são incalculáveis e os custos financeiros, para cuidar dos bichos até a reintrodução envolvem muito dinheiro público", segundo a PMA.

Operação - Além dos trabalhos de inteligência, principalmente mantendo vigilância as pessoas já detidas por envolvimento no tráfico, as equipes serão distribuídas em propriedades rurais, assentamentos, com vigilância e orientações, bem como bloqueios em rodovias e estradas vicinais.

Além disso, trabalhos de informação e de educação ambiental serão realizados em áreas rurais. "O modus operandi principal dos traficantes é de aliciamento dos sitiantes e funcionários de propriedades rurais e assentados, para que retirem os animais e os avisem para que os comprem", diz publicação encaminhada pela assessoria de imprensa da PMA.

Unidades das polícias Militar, Civil e Rodoviária Federal serão alertadas para atentarem ao problema neste período e apoiarem a operação durante suas operações.

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