Cachorro deitado na rua morre atropelado por ônibus
Animal de quatro meses estava solto quando veículo passou
Ônibus do transporte coletivo, que faz a linha linha 109 (T. Guaicurus / Vespasiano Martins), atropelou Ted, um filhote vira-lata, por volta das 14h20 de segunda-feira (30). O acidente aconteceu em frente à casa da tutora onde o cão morava, na Rua Bernardino Machado, Bairro Vespasiano Martins, em Campo Grande.
RESUMO
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Um filhote de quatro meses, Ted, foi atropelado e morto por um ônibus da linha 109 em Campo Grande. O acidente, presenciado pela tutora e suas filhas, ocorreu em frente à residência do animal. A motorista, segundo a tutora, demonstrou indiferença após o ocorrido, não oferecendo desculpas. A tutora denunciou o fato ao Consórcio Guaicurus, que investiga o caso, enquanto este não é o primeiro incidente envolvendo ônibus da empresa e animais na cidade.
Ted tinha apenas quatro meses de vida. Foi adotado ainda recém nascido, em situação de maus-tratos, pela manicure Amanda Cristina, de 25 anos, e suas duas filhas, de 4 e 7 anos. Elas estavam na frente de casa e assistiram ao atropelamento.
Vídeo de câmera de segurança, que registrou a cena, mostra que Ted estava deitado na rua, em frente de casa, e chegou a levantar-se quando viu o ônibus, mas não deu tempo de fugir. Após ser atropelado, ele ficou com os órgãos internos expostos e morreu imediatamente.
A família de Ted tinha descido daquele mesmo ônibus no ponto anterior, na rua Jandi. Amanda e suas duas filhas assistiram ao atropelamento. “Só a noite minha filha foi se acalmar, porque viu o cachorro todo aberto na rua”, relata a tutora.
“Ficou um ambiente bem pesado, era um cachorrinho que a gente adotou com muito amor. A neném (de 4 anos) ficou desolada, chorando muito”, é assim que Amanda Cristina descreve o clima de sua casa na antevéspera de ano novo após a morte de Ted.
A tutora conta também que a motorista do coletivo só parou quando vizinhos gritaram avisando que o ônibus tinha passado por cima do animal. “Parou na esquina, desceu do ônibus, colocou a mão na cintura, sorriu e subiu no ônibus de novo. Senti que ela estava debochando, podia pelo menos ter pedido desculpas”, desabafa.
Amanda Cristina denunciou a postura da motorista para o Consórcio Guaicurus. Ela alega que, costumeiramente, motoristas de ônibus viram naquela rua de forma perigosa, sem cautela. A empresa deu prazo de 7 a 10 dias úteis para dar um retorno à usuária. Ao Campo Grande News, a assessoria de imprensa do Consórcio Guaicurus informou que "está apurando os fatos".
Amanda Cristina explica que Ted não tinha o hábito de ficar solto na rua, que não é asfaltada. "Só ficava na frente de casa quando estávamos com o portão aberto. Minha mãe abriu o portão e ele foi deitar onde estava molhado na rua, por conta do calor. Minha mãe estava cuidando, porque ele não tem costume de ir para a rua, entrou para pegar alguma coisa dentro de casa e o ônibus veio", justifica.
Outro caso - Em 18 de agosto deste ano, outro ônibus do Consórcio Guaicurus atropelou um cachorro que bebia água no cruzamento da Rua Gonçalves com a Rua Barrabás, no Jardim Monte Alegre, em Campo Grande.
À época, o Consórcio Guaicurus alegou que, pelas imagens, o animal estava em um ponto cego e o motorista provavelmente não o viu.
“Observamos que as imagens disponíveis indicam que o atropelamento ocorreu à noite, em uma área da via onde a visibilidade é reduzida. O ponto onde o cachorro estava localizado é um ponto cego para o motorista, especialmente durante manobras de conversão. O ônibus estava fazendo a curva com cautela, e é muito provável que o motorista não tenha percebido a presença do cachorro devido às limitações de visibilidade no local”, disse em nota.
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