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Capital

Com novo salário, Adriane será a prefeita mais bem paga entre as capitais

Com um aumento de 96%, seu vencimento passará dos atuais R$ 21.263,62 para R$ 41.845,62 a partir de fevereiro

Por Jhefferson Gamarra | 02/01/2025 17:10
Prefeita Adriane Lopes durante chegada em comitê para comemorar reeleição (Foto: Henrique Kawaminami)
Prefeita Adriane Lopes durante chegada em comitê para comemorar reeleição (Foto: Henrique Kawaminami)

A partir do próximo mês, a prefeita reeleita em Campo Grande, Adriane Lopes (PP), vai sacar o maior salário entre os gestores das capitais brasileiras. Com um aumento de 96%, seu vencimento passará dos atuais R$ 21.263,62 para R$ 41.845,62, superando o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), que receberá R$ 38.039,38 mensais.

RESUMO

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A prefeita reeleita de Campo Grande, Adriane Lopes, terá o maior salário entre os gestores das capitais brasileiras, com um aumento de 96% que elevará seu vencimento de R$ 21.263,62 para R$ 41.845,62. O reajuste, aprovado pela Câmara Municipal, também beneficiará a vice-prefeita, secretários e 408 servidores que recebem o teto do município. A medida gerou polêmica, especialmente entre categorias do funcionalismo, mas foi justificada como uma correção da defasagem salarial. Com esse novo salário, Adriane Lopes ultrapassa outros prefeitos, incluindo o de São Paulo, e se posiciona no topo do ranking de remuneração dos gestores municipais.

Na sequência, aparecem os prefeitos de Palmas (TO) e Porto Velho (RO), com salários já atualizados em 2025 para R$ 37.627,28 e R$ 37.366,93, respectivamente. Na outra ponta, o menor valor entre as capitais é o de Teresina (PI), onde o prefeito recebe R$ 17.690,57 mensais.

Ranking dos salários dos prefeitos das capitais brasileiras levantados pela reportagem:

  1. Campo Grande (MS) – R$ 41.845,62
  2. São Paulo (SP) – R$ 38.039,38
  3. Palmas (TO) – R$ 37.627,28
  4. Porto Velho (RO) – R$ 37.366,93
  5. Florianópolis (SC) – R$ 36.980,70
  6. Rio de Janeiro (RJ) – R$ 35.608,27
  7. Curitiba (PR) – R$ 35.246,33
  8. Manaus (AM) – R$ 35.000,00
  9. Rio Branco (AC) – R$ 35.000,00
  10. Porto Alegre (RS) – R$ 34.900,00
  11. Belo Horizonte (MG) – R$ 34.604,05
  12. Goiânia (GO) – R$ 34.556,93
  13. Cuiabá (MT) – R$ 33.157,53
  14. Salvador (BA) – R$ 32.000,00
  15. Macapá (AP) – R$ 31.900,00
  16. Aracaju (SE) – R$ 28.173,60
  17. João Pessoa (PB) – R$ 28.051,52
  18. Fortaleza (CE) – R$ 27.391,06
  19. Natal (RN) – R$ 26.000,00
  20. Belém (PA) – R$ 25.332,25
  21. Recife (PE) – R$ 25.000,00
  22. São Luís (MA) – R$ 25.000,00
  23. Boa Vista (RR) – R$ 23.364,00
  24. Maceió (AL) – R$ 20.000,00
  25. Vitória (ES) – R$ 19.217,12
  26. Teresina (PI) – R$ 17.690,57

O reajuste é resultado de um projeto de lei aprovado em fevereiro de 2023 pela Câmara Municipal e entrará em vigor no próximo mês. A medida também beneficiará a vice-prefeita e os secretários municipais, além de 408 servidores que recebem o teto salário do município, vinculado ao vencimento da prefeita.

A decisão, aprovada por 26 votos a dois após intensos debates, gerou polêmica, especialmente entre categorias de base do funcionalismo, como professores. A justificativa dos vereadores favoráveis ao aumento foi a necessidade de corrigir a defasagem salarial das autoridades municipais. O então presidente da Câmara Municipal, Carlos Augusto Borges, o Carlão (PSB), defendeu que o reajuste ajudaria a destravar o salário de profissionais efetivos, como médicos e diretores de escolas, cujos vencimentos estavam congelados.

O teto salarial do funcionalismo brasileiro está atrelado ao vencimento dos ministros do STF (Supremo Tribunal Federal), que será de R$ 46.366,19 a partir de fevereiro de 2025. Assim, o reajuste em Campo Grande permanece abaixo desse limite, mas marca um patamar recorde entre os gestores municipais do país.

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