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Janu alerta: lamber pata e dor de ouvido é sinal de alergia nos pets

JornAUlista estreou na editoria MiauNews e ainda conheceu a redação e os colegas humanos

Por Fernanda Palheta | 07/03/2025 09:01

O MiauNews de hoje traz a shih-tzu vascaína Januária para falar sobre doenças alérgica em pets. Essa é a primeira matéria dela como jornAUlista e pode acreditar que do assunto ela domina, já que dos três tipos de alergias existentes: à picada da pulga, alimentar e atópica, ela só escapou da primeira. Para iniciar a jornada da escrita Janu foi até a redação do Campo Grande News conhecer os colegas.

Colocamos na rua uma turma de jornAUlistas, coMIAUtaristas e até COELHOnistas para "contar" experiências e histórias. Nessa brincadeira da editoria, a gente finge que consegue traduzir os "pensamentos" de cães, gatos, coelhos e quem mais quiser chegar. Para explicar melhor o tema, Januária entra em ação.

Ainda era filhote quando os primeiros sintomas começaram. No caso da alimentar o que chamou atenção dos meus humanos foram os vômitos e piriris que eu tinha com alguma frequência. Já feridinhas na pele e a mania de lamber minha patinha foram sinais da alergia atópica, que é a alergia do meio ambiente – mais especificamente de poeira, do pólen e do mofo. 

Janu alerta: lamber pata e dor de ouvido é sinal de alergia nos pets
Januária filhote, na época em que foi diagnosticada com doenças alergicas (Foto: Arquivo pessoal)

Mas foi só quando fiz o acompanhamento dermatológico que a doença foi diagnosticada. Para ajudar outros humanos a cuidarem dos seus doguinhos chamei a minha médica veterinária dermatóloga, Cristiane Wilhelm. Ela explica que não existe um exame para chegar ao diagnostico. 

“A primeira coisa é a pessoa entender que o diagnóstico é feito através de uma investigação. O diagnóstico da doença alérgica é clinico, a gente faz uma triagem alérgica e a partir daí temos o diagnóstico”, explicou. Ela ainda conta que paciente pode ter uma alergia, todas ao mesmo tempo ou ter duas como eu, já que um tipo não exclui a outro.

Os tutores precisam ficar de olho nos seguintes sintomas:

  • Dores de ouvido de repetição
  •  Coceiras 
  • Lambedura de pata 
  • Pele vermelha 
  • Feridas
  • Mau cheiro 

Uma das dificuldades do diagnóstico e tratamento, é justamente a identificação dos sintomas. Minha médica veterinária conta que eles são confundidos com outros problemas ou comportamentos. 

“Às vezes as pessoas não sabem reconhecer a coceira, porque lamber pata é uma forma de coçar; se esfregar na parede ou no sofá é forma de coçar. A pessoa acha que o cão está brincando e na verdade ele está se coçando. Por isso é importante a pessoa ter essa percepção. A lambedura de pata, na maioria das vezes é de alergia, não é de estresse”, reforça Wilhelm. 

“Já água que entra no ouvido [durante o banho] não tem poder de causar dor de ouvido, quem causa dor de ouvido, em 70% das vezes, é alergia. Então se o cão tem esses dois sintomas, o tutor já tem que pensar que provavelmente é um cão alérgico”, completa.

 Wilhelm afirma que pacientes alérgicos podem mudar o comportamento. “Podem ficar mais irritados, tem paciente que fica mais agressivo e tem paciente que dorme mais”, relata. 

Janu alerta: lamber pata e dor de ouvido é sinal de alergia nos pets
Janu deitada na calçada depois de passear (Foto: Aquivo pessoal)

Para mim a época mais difícil do ano é a primavera e o verão e a minha veterinária explica o porquê. “Alergia atópica tende a ser sazonal, principalmente primavera e verão, quando tem mais pólen, mais acaro, chuva e sol e acaba tendo um pouco mais de mofo. Não quer dizer que o paciente não vai ter em outra época do ano, mas essa é a época mais comum”. 

As doenças alérgicas são restritas a alguma raça, elas são causadas por uma pré-disposição genérica somada a fatores ambientais. Apesar disso, ela é mais comum em alguns AUmigos.

“De grande porte atendemos muito Golden, dos pequenos é muito comum em shih-tzu, pug, Lhasa-apso, Spitz e Buldogue francês. Os viralatinhas também tem alergia. Porque a doença não está ligada a raça, e sim a genética do paciente”, contou. 

Por ser uma doença que não tem cura, o tratamento é para a vida toda. “Infelizmente não tem cura, mas tem controle. O que nos dosa o sucesso é o paciente ficar controlado no maior período de tempo possível”.

Com os cuidados diários dos nossos humanos, como banhos de tratamento, limpeza de patas, troca de comidinhas e remédios, nós conseguimos ter uma vida sem crises alérgicas. Eu sou a prova disso. 

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