Cassems não precisa de lucro, mas deve ser plano saudável, diz Ayache
Presidente do plano dos servidores públicos aponta avanços na rede própria e aposta em serviços mais complexos
Com uma rede de atendimento de dez hospitais e cerca de 210 mil associados, a Cassems é a maior estrutura de Mato Grosso do Sul entre os planos de saúde suplementar. Mantida pela contribuição dos servidores públicos estaduais e cota do Governo do Estado, ela passou a contar com laboratórios próprios na Capital, serviço que vai se estender a Dourados e depois outras cidades para reduzir os custos de gestão, apostando na estrutura própria. O funcionamento dessa estrutura gigante, com 3,3 mil funcionários, é detalhada pelo presidente, o cardiologista Ricardo Ayache, ao podcast Na íntegra.
Na entrevista, ele aponta que por ser um plano de servidores, a chamada autogestão, ele não segue a lógica do lucro, mas deve perseguir saúde financeira, sem prejuízos, para oferecer a maior amplitude de serviços ao menor custo. Ayache considera que o serviço alcançou um grau de qualidade, colando na nota máxima da ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar), com a melhor avaliação do setor no Estado.
Há uma tendência de superespecialização. Portanto, a gente não consegue ter nas menores cidades a disponibilidade de profissionais especializados.
Ayache explica que há serviços de maior complexidade nos hospitais das cidades maiores- Campo Grande, Dourados, Ponta Porã, Corumbá e Três Lagoas- e unidades menores em Naviraí, Nova Andradina, Paranaíba, Coxim e Aquidauana. Para os casos mais complexos, é oferecida a telemedicina e o auxílio em diagnósticos e tratamentos.
Na Capital, onde há mais especialidades, o hospital conta com equipamentos para cirurgias com alta precisão, com resultados que reduzam risco de efeitos adversos aos pacientes. Um exemplo é o uso de robótica para cirurgias da próstata, afastando risco de homens saírem com disfunção erétil ou incontinência urinária.
Fora de MS - A Cassems é um plano regional, mas tem parcerias com empresas de saúde suplementar nacionais, para oferecer atendimento em serviços que não dispõe ou mesmo situações de emergência para as pessoas durante deslocamentos fora de Mato Grosso do Sul.
Situações que não tem solução aqui, nós encaminhamos pra fora
