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Política

Abatido, Delcídio passou mal e tem vivido dias difíceis na prisão, diz jornal

Michel Faustino | 02/12/2015 18:47
Isolado por 24h, Delcídio passou mal na madrugada de sábado para domingo. (Foto: Marcelo Calazans/ Arquivo)
Isolado por 24h, Delcídio passou mal na madrugada de sábado para domingo. (Foto: Marcelo Calazans/ Arquivo)

O senador Delcídio do Amaral (PT), preso desde a última quarta-feira, 25 de novembro, acusado de atrapalhar às investigações da operação Lava-jato, da Polícia Federal, tem passado dias difíceis na prisão. Segundo a colunista Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo, o senador passou mal na madrugada de sábado para domingo após ficar completamente sozinho durante 24 horas. Durante o fim de semana não são permitidas visitas de parentes nem de advogados na Superintendência da Polícia Federal em Brasília.

Conforme a colunista, as condições e o tratamento dispensado aos presos na PF em Brasília são considerados bons, inclusive por familiares do senador. A cela, por exemplo, não tem grades. E ele tem acesso a uma saleta com cozinha e banheiro por onde circulam policiais. No fim de semana, no entanto, com menor número de funcionários, a rotina geral muda e os presos têm que ser muitas vezes trancados, o que ocorreu com o senador.

Segundo Mônica Bergamo, a sensação de solidão e sufocamento experimentada por ele é agravada, segundo amigos próximos, pelo fato de Delcídio ter tido uma rotina frenética nos últimos anos e acesso a centenas de empresários, políticos, jornalistas e regularmente com a presidente Dilma Rousseff (PT).

Delcídio está de licença automática pelo Senado, durante a qual recebe o salário de R$ 33,7 mil. A Secretaria Geral da Mesa do Senado confirmou que essa licença especial e automática está prevista no artigo 44 do Regimento Interno da Casa e que está é a única licença no caso dele, que está preso.

Em nota, a assessoria do senador informou que ele “encontra-se abatido, porém, sereno e concentrado, junto aos advogados, na formulação de sua defesa, com o firme propósito de provar, o quanto antes, a sua inocência”.

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