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Política

Advogados de Lula dizem que Bumlai ofereceu reforma em sítio de Atibaia

Waldemar Gonçalves | 27/02/2016 08:59
Detalhe do sítio em Atibaia (Foto: Reprodução / G1)
Detalhe do sítio em Atibaia (Foto: Reprodução / G1)

A reforma de um sítio em Atibaia, no interior de São Paulo, foi oferecida à família do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pelo pecuarista sul-mato-grossense José Carlos Bumlai, seu amigo pessoal. Esta é, pelo menos, a versão dada pela defesa do petista ao STF (Supremo Tribunal Federal) na tentativa de barrar investigações sobre a obra, conforme informações publicadas pela Folha de S. Paulo.

Bumlai está há quatro meses preso por conta da Operação Lava Jato. É suspeito de ter participado de esquema para favorecer um grupo empresarial a conseguir contratos milionários com a Petrobras.

De acordo com a Folha, os advogados de Lula apontam que o sítio foi adquirido em 2010 por iniciativa de Jacó Bittar, também amigo do ex-presidente e um dos fundadores do PT. O local, dizem, seria para ser compartilhado com o líder petista e seus parentes depois do fim de seu segundo mandato presidencial.

O local serviria para “acomodar” objetos que Lula teria recebido do “povo brasileiro”, traz a reportagem da Folha. Ouvido pelo jornal, o advogado de Bumlai, Arnaldo Malheiros, contesta esta versão: “só se a Odebrecht for de propriedade de Bumlai, o que não me consta”.

A primeira visita de Lula ao sítio teria ocorrido em 15 de janeiro de 2011, ou seja, duas semanas depois de deixar a Presidência da República. Os advogados do ex-presidente dizem que ele “tomou conhecimento que a reforma foi oferecida pelo Sr. José Carlos Bumlai, amigo da família, enquanto Fernando Bittar (filho de Jacó Bittar) comentava sobre as necessidades de algumas adaptações no local”.

Há suspeitas de que o real dono do sítio seja Lula e, além disso, a Lava Jato investiga as operações relativas à propriedade. A ideia da defesa , com a petição ao STF, é suspender as investigações sobre a área até que seja definido se a investigação sobre ela e o tríplex no Guarujá, este concluído e reformado pela construtora OAS, tramitará no Ministério Público de São Paulo ou no Ministério Público Federal.

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