Alems lança campanha conjunta de combate ao feminicídio no Estado

A Alems (Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul), o Tribunal de Justiça e o Governo do Estado lançaram nesta terça-feira (06) a campanha “#TodosPorElas” com a finalidade de prevenir e erradicar os crimes de feminicídio no Estado. Os três poderes irão assinar na quarta-feira (07) o pacto de compromisso e termo de adesão de parcerias estratégicas. A data foi escolhida, pois marca o aniversário de 18 anos da Lei Maria da Penha.

Idealizadora do projeto, a desembargadora Jaceguara Dantas da Silva comenta que o objetivo principal é  trabalhar na vertente preventiva de conscientização e educação e que a campanha deve durar todo o ano. Ao decorrer dos meses também é planejada a realização de palestras.

“Esse pacto transforma essa campanha em um política de estado, uma política pública e os chefes dos poderes assumem uma responsabilidade compartilhada. Eles se comprometem a fazer reserva de recursos e desenvolver campanhas e ações de combate ao feminicídio”, afirma.

Em relação a data sete de agosto, a desembargadora ressalta que a Lei Maria da Penha é uma das legislações mais avançadas no mundo no combate ao feminicídio.  “A lei é de extrema importância, foi uma evolução muito grande no combate da violência de gênero, mas não podemos ficar só na vertente repressiva, embora seja indispensável também temos que atuar na vertente preventiva”, completa.

Hoje foram distribuídos botons com o slogan da campanha para os deputados estaduais. O presidente da Alems, deputado estadual Gerson Claro (PP), pontua que é inaceitável os índices que o Estado apresenta nesse tipo de crime contra mulher. Ele reforça que a sociedade deve estar unida para combater essa realidade. “Uma campanha de conscientização que envolve todos os poderes, envolve na verdade toda a sociedade”, diz.

Compartilhando a visão de que é importante envolver a sociedade, a secretária adjunta de Governo do Estado, Ana Carolina Nardes, fala que é necessário fomentar a discussão a respeito do feminicídio e prestar total apoio às mulheres.

“A violência contra mulher é silenciosa, acontece dentro dos lares, mas também acontece na sociedade como um todo e queremos trazer a sociedade civil organizada para fomentar a discussão a respeito dos canais de acesso, das formas de ajudar as mulheres a entender que elas são vítimas e não estão sozinhas”, pontua.

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