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Política

Aliados estão confiantes na absolvição de Temer no TSE, diz Marun

Estratégia é retomar discussão de reformas após julgamento

Leonardo Rocha | 09/06/2017 09:48
Julgamento da chapa Dilma/Temer deve terminar nesta sexta-feira (Foto: (José Cruz/Agência Brasil)
Julgamento da chapa Dilma/Temer deve terminar nesta sexta-feira (Foto: (José Cruz/Agência Brasil)

O deputado federal, Carlos Marun (PMDB), revelou que os aliados do presidente Michel Temer (PMDB) estão confiantes na sua absolvição, no julgamento que deve terminar hoje (09), no TSE (Tribunal Superior Eleitoral). Ele ainda adiantou que a estratégia é que em caso de vitória, possam retomar as discussões das reformas da previdência e trabalhista.

"Nós estamos otimistas, aguardando o resultado final que pode sair no final do dia. A tese levantada pela defesa do presidente foi bem apresentada e estamos confiantes na votação dos ministros, mas como sempre vamos esperar o desfecho do julgamento", disse o deputado, que é um dos principais aliados de Temer, no Congresso Nacional.

Marun ainda adiantou ao Campo Grande News que em caso de absolvição, a estratégia é retomar as discussões das reformas tanto no Senado Federal, como na Câmara dos Deputados. "Podemos avançar para que haja a votação da reforma trabalhista no Senado e também voltar a discutir as mudanças na previdência".

O deputado espera que a reforma da previdência volte ao debate na Câmara (Federal), para que seja lido e votado no plenário, a partir do dia 28 de junho. "A (reforma) trabalhista deve ser votada dia 4 de julho, por isso vamos nos empenhar para a discussão dos temas no Congresso", avaliou.

Aliados - Marun também ponderou que "não está clara" a posição do PSDB em relação ao governo Temer, mas que a principal preocupação dos aliados é sobre o apoio na votação das reformas e nem tanto sobre a continuidade na base aliada. "Temos deputados que são a favor, mas precisamos de uma posição consistente dos tucanos sobre a reforma da previdência".

Julgamento - Os ministros do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) estão julgando desde terça-feira (6), se absolvem ou cassam a chapa Dilma/Temer, em função da denúncia feita pelo PSDB, de abuso de poder econômico, durante a campanha de 2014.

A expectativa é que neste quarto dia de julgamento, os ministros possam proferir seus votos e decidir se cassam ou não a chapa. O relator do processo, Herman Benjamim, é favorável a punição, por entender que houve abuso de poder político e econômico, já que a coligação teria recebido dinheiro desviado da Petrobras.

Ele citou o pagamento de R$ 4,5 milhões aos marqueteiros João Santana e Mônica Moura, além de propina decorrente de contratos com empresas, que foram repassados a chapa. Também alega que os políticos "tinham ciência do dinheiro ilícito" usado na campanha.

Em função das declarações já feitas durante o julgamento, a previsão é que haja três votos a favor da cassação - Herman Benjamim, Luiz Fux e Rosa Weber - e quatro contra, entre eles Gilmar Mendes, Admar Gonzaga, Napoleão Nunes Maia Filho e Tarcísio Vieira.

Para esta sexta-feira foram marcadas sessões de manhã e se for preciso, retorno a partir das 14h e também às 19h.

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