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Capital

Câmeras registram perseguição e tiros contra jovem após discussão

Por Bruna Marques | 09/07/2025 06:37


RESUMO

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Jovem escapa de tentativa de homicídio em Campo Grande após discussão. Câmeras de segurança registraram o momento em que um homem de moto atira contra a vítima na Rua Anhembi, Jardim Aero Rancho. A mãe do jovem relatou ao Campo Grande News que a discussão começou em frente à sua casa, após a vítima pedir a um indivíduo para retirar uma cadeira que bloqueava o portão. A discussão foi interrompida pela mãe, mas o autor esperou o jovem na esquina e efetuou os disparos. A vítima conseguiu escapar com a ajuda de um ex-patrão que passava pelo local. A polícia foi acionada, mas não encontrou vestígios do crime e não localizou a vítima, que está escondida com medo. O boletim de ocorrência não foi registrado por falta de informações.

Jovem foi perseguido e quase morto a tiros na tarde desta terça-feira (8), na Rua Anhembi, no Jardim Aero Rancho, em Campo Grande. Toda a ação foi registrada por câmeras de segurança e o caso foi relatado ao Campo Grande News pela mãe da vítima, que pede ajuda para identificar o autor.

As imagens mostram o momento em que um homem, pilotando uma motocicleta vermelha, persegue o rapaz e atira contra ele. A vítima aparece correndo pela rua, e após o primeiro disparo, grita “ai, ai”. O autor, que também grita “para”, efetua ao menos três disparos. Em seguida, guarda a arma na cintura e segue pela mesma direção do rapaz. A gravação mostra que o crime ocorreu às 16h32.

Segundo a mãe do jovem, a tentativa de homicídio aconteceu minutos após uma discussão iniciada em frente ao portão da casa da família, que fica ao lado de uma conveniência. Ela contou que os frequentadores do local costumam fechar o portão com cadeiras. “Era umas 16h30 e meu filho falou que ia na casa da minha filha, e eu disse que ia buscar os irmãos dele na escola. Quando ele foi abrir o portão, tinha um cara encostado. Meu filho pediu para ele sair, ele recusou e começou a discutir com ele”, relatou.

A mulher afirmou que tentou encerrar a discussão. “Eu saí lá fora, falei para parar, que a discussão não ia dar em nada. Eu falei: ‘para, para’. Daí meu filho pegou e falou: ‘Mãe, eu já vou’. Subiu na bicicleta, então eu falei: ‘Espera um pouquinho, deixa eu trancar o portão’. Quando fui trancar, esse cara acelerou a moto e saiu. Meu filho foi para casa da minha filha, eu fui para a escola. Era umas 16h40 quando minha vizinha chegou gritando, falando que tinham atirado no meu filho”.

Desesperada, ela voltou para casa. “Comecei a passar mal, entrei no carro e fui. Quando cheguei, tinha uns 10 policiais. Disse que não sabia para onde meu filho estava. Agora tem que localizar quem é esse desgraçado”.

Segundo o relato da vítima à mãe, o autor o esperou na esquina. “Meu filho disse que, quando saiu daqui, chegou meia quadra longe e o cara estava ali. Ele acelerou a moto, foi para cima dele, meu filho jogou a bicicleta no chão, o cara ergueu a roupa, mostrou a arma e falou: ‘Você vai morrer, desgraçado’, e já deu o primeiro tiro. Não acertou porque foi livramento de Deus, porque eu oro muito, entrego a vida do meu filho a Deus”.

Câmeras registram perseguição e tiros contra jovem após discussão
Suspeito flagrado por câmera de segurança segurando arma; ele pilotava uma motocicleta vermelha e usava capacete azul (Foto: Reprodução)

O jovem conseguiu escapar ao ver o ex-patrão passando de carro. “Meu filho pulou na frente do carro e gritou ‘me socorre’. O patrão contou que abriu a porta para ele entrar e saiu correndo com o carro, com medo do cara atirar neles”.

A mãe afirma que o autor não é conhecido. “Eu e meu filho não conhecemos, nunca vimos. A discussão começou porque ele fechou o portão com a cadeira e se recusou a sair. Ele ficou esperando meu filho na esquina para matar. Como pode? Um ser humano tão cruel, tão violento. Nunca viu meu filho, não me conhece.”

O rapaz não retornou para casa e está escondido com medo. “Meu filho não voltou, está com medo desse cara voltar. A gente não sabe quem ele é, ninguém conhece. É um canalha, um cara maldito”.

A Polícia Militar foi acionada e esteve no local, mas, conforme apurado pela reportagem, não encontrou vestígios do crime. Como a vítima não foi localizada e não havia dados suficientes, não foi possível fazer o boletim de ocorrência. Imagens não foram entregues à polícia no momento e, mesmo após busca em unidades de saúde, não houve registro de atendimento relacionado ao caso. “Nesse tipo de situação, o boletim é feito quando a vítima aparece, mas ainda são necessários mais elementos para o registro”, informou a corporação.

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