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Política

Apoio do PT provoca racha e confusão na eleição em Bonito

Partido se divide no município e diretório estadual deve decidir rumo na disputa

Fabiano Arruda | 16/01/2013 11:44

O apoio do PT na eleição para prefeito em Bonito, que ocorre em 3 de março, provoca racha no partido municipal e virou motivo de muita confusão. A situação virou até caso de Polícia.

Os candidatos Leonel Lemos de Souza Brito (PT do B), o Leleco, e Odilson de Arruda (PSDB), garantem ter a aliança dos petistas.

O que ocorre é que o diretório se dividiu em duas alas: a que deseja ficar no palanque de Leleco e a que defende união com o candidato tucano, que é ligado a Geraldo Marques (PDT), que venceu a eleição em outubro, mas teve seu registro de candidatura cassado e tinha apoio dos petistas.

Na segunda (14) à noite, durante a convenção do diretório do PT, uma ata foi registrada declarando apoio a Leleco, no entanto, a informação é que integrantes da legenda “sumiram” com esta ata.

A outra ala, contrária a aliança com o PTdoB, foi à Polícia registrar boletim de ocorrência contra o sumiço do documento. Além disso, elaborou nova ata para endossar apoio a Odilson. Na prática, existem duas atas com direcionamentos distintos no diretório do PT em Bonito.

Segundo Laércio Miranda (PT), vice do concorrente peesedebista, o placar da convenção foi de 9 votos a 7 a favor da aliança com os tucanos. Segundo ele, esta ata já foi registrada no TRE/MS (Tribunal Regional Eleitoral).

“Do ponto de vista eleitoral somos aliados ao Odilson. Isto pode até ser contestado. A ala que era contrária quis dar um golpe”, disparou. “Tentaram aprovar (apoio ao Leleco) sem votação. Saíram correndo com a ata, mas não vamos apoiar o PTdoB nem amarrados”, emendou.

Para Laércio, a maioria petista no município foi coerente em permanecer com o grupo ligado a Geraldo Marques, pois “não teria cabimento” se unir a quem “era adversário ferrenho há 15 dias”.

“O PT respeitou a eleitor, que não iria entender a mudança de palanque em menos de dois meses, visto que em outubro estávamos com o Geraldo”, afirmou, acrescentando que a presença de Marques na eleição de Odilson será determinante para o grupo vencer a disputa. “A chance de ganhar é muito grande”.

Do outro lado, Leleco jura que os petistas já fazem parte de seu arco de alianças, inclusive, marcando presença em sua convenção, realizada ontem (15).

“Fizeram uma ata paralela, não é a original. Essa ala do partido (que prega aliança com o PSDB) não aceitou a derrota. O PT decidiu apoio a nós e estamos na rua pedindo voto”, disse.

Executiva Estadual – O caso é tão confuso que nem o diretório estadual decidiu de que lado a sigla vai ficar na eleição em Bonito.

Segundo o deputado estadual Pedro Kemp (PT), a Executiva ainda não tem uma decisão formada sobre o caso e deve se reunir nos próximos dias para emitir um parecer.

“Um grupo minoritário quer o Leleco e a maioria quer a aliança com o PSDB e o grupo do Geraldo”, pontuou.

Kemp admite que resolução nacional do partido proíbe a aliança com o PSDB, mas flexibiliza em casos de municípios com menos de 100 mil habitantes. Dessa forma, agora, o caso passa pelo crivo do diretório estadual.

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