Órgãos recomendam armadilhas fotográficas e rondas para evitar ataques de onças
Último avistamento foi na quarta (11), em área de mata perto de casas na fronteira de Corumbá com a Bolívia

O aumento dos avistamentos de onças em Mato Grosso do Sul, especialmente na região de Corumbá, levou órgãos ambientais a divulgarem uma nota técnica com medidas de segurança e monitoramento. O último registro foi na quarta-feira (11), em uma área de vegetação muito próxima a residências na fronteira com a Bolívia, a 420 km de Campo Grande.
RESUMO
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Aumento de avistamentos de onças-pintadas em Corumbá (MS) leva órgãos ambientais a emitirem nota técnica com medidas de segurança. O documento, assinado por nove instituições, incluindo o IHP, Imasul e Ibama, visa proteger moradores e animais. Registro recente próximo a residências reforça a necessidade de ações preventivas. A nota propõe monitoramento com patrulhas, armadilhas fotográficas e rondas em horários estratégicos, como o de deslocamentos escolares. Recomenda ainda relatórios padronizados de avistamentos e ataques, além de grupos de comunicação comunitária via WhatsApp. Orientações para a população incluem não correr, manter a calma, parecer maior e buscar abrigo seguro em caso de encontro com o animal.
O documento, assinado por nove instituições, como o IHP (Instituto Homem Pantaneiro) e o Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul), tem como objetivo garantir mais segurança para moradores e também para a preservação dos animais, cuja presença cada vez mais próxima das áreas urbanas tem sido notada com frequência nas últimas semanas.
Na nota técnica, são propostas três frentes principais de atuação: a criação de um sistema de monitoramento com patrulhas periódicas, uso de armadilhas fotográficas nas trilhas usadas pelos animais e rondas em horários flexíveis, priorizando deslocamentos escolares.
Também foi recomendada a criação de relatórios padronizados para registrar detalhes de avistamentos e ataques, permitindo que informações sejam compartilhadas rapidamente com os órgãos responsáveis.
Além disso, os especialistas sugerem a formação de grupos de comunicação comunitária, como WhatsApp, com participação de moradores, líderes locais e órgãos ambientais, além da instalação de placas informativas em pontos estratégicos.
Assinam a nota, além do IHP e do Imasul, o Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), Fundação de Meio Ambiente do Pantanal, ICMBio, PMA (Polícia Militar Ambiental), pesquisadores da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) da UCDB (Universidade Católica Dom Bosco) e do Gretap/MS (Grupo de Resgate Técnico Animal Cerrado Pantanal).
Durante o avistamento - O documento também orienta a população sobre como agir em caso de encontros com onças. A principal recomendação é nunca correr, manter a calma, tentar parecer maior, fazer barulhos altos e, se possível, buscar abrigo em locais seguros, como veículos ou residências.
Se o avistamento ocorrer à distância, a orientação é manter pelo menos 100 metros do animal, evitar aproximação para fotos ou vídeos e comunicar imediatamente os órgãos responsáveis.
O texto reforça que acidentes costumam ocorrer quando o animal se sente acuado ou quando não há rota de fuga. Por isso, é fundamental que a população entenda que a presença das onças nas proximidades das áreas urbanas não significa necessariamente um risco, desde que sejam adotadas as medidas corretas.
“A mudança no comportamento das onças já foi observada. Por isso, comunicar o comportamento dos animais avistados é extremamente importante. No entanto, informações falsas ou distorcidas podem atrapalhar o monitoramento e gerar pânico desnecessário”, alerta um trecho da nota.
O avanço das áreas urbanas sobre os habitats naturais, aliado a mudanças ambientais, explica, segundo os especialistas, o aumento dos registros de onças em regiões urbanas, o que torna indispensável o convívio responsável e a adoção de protocolos de segurança, tanto para proteger os moradores quanto para garantir a preservação dos animais.
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