ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no X Campo Grande News no Instagram
NOVEMBRO, SÁBADO  23    CAMPO GRANDE 25º

Política

Assembleia cria CPI para investigar denúncia da JBS sobre governo de MS

Grupo vai apurar concessão de benefícios fiscais de 2010 a 2017

Mayara Bueno e Leonardo Rocha | 14/06/2017 11:40
Presidente da Assembleia, deputado Junior Mochi (PMDB). (Foto: Victor Chileno/ALMS).
Presidente da Assembleia, deputado Junior Mochi (PMDB). (Foto: Victor Chileno/ALMS).

A CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) que vai investigar denúncias da JBS referentes a suposto pagamento de propina pelo governo de Mato Grosso do Sul foi criada. O presidente da Assembleia Legislativa do Estado, deputado Junior Mochi (PMDB), anunciou a transformação da comissão especial sobre o assunto em CPI nesta quarta-feira (14).

Agora, os membros que já faziam parte do grupo vão se reunir na terça-feira (20) para eleger novamente o presidente e relator. Ao que tudo indica, devem permanecer nos cargos os deputados Paulo Corrêa (PR) e Flavio Kayatt (PSDB), mas a eleição é necessária para cumprimento do rito da CPI.

O objeto da investigação ficou estabelecido como “pagamento de diversas notas fiscais frias emitidas por pessoas físicas e jurídicas entre os anos de 2010 e 2017, denunciadas pelos empresários da JBS Joesley Batista, Wesley Batista e Ricardo Saud, no valor de R$ 45.631.696,00, sem o devido fornecimento de bens ou serviços em MS, que se trata do anexo 21 da delação premiada que está no STF”.

Semana passada, os deputados sugeriram a transformação da comissão especial, pois, como voltou a explicar Pedro Kemp (PT), a CPI tem mais poder já que poderá convocar pessoas, usar condução coercitiva – quando alguém é levado para prestar depoimento -, dar voz de prisão, requisitar documentos e depoimentos. Isto tudo se for necessário.

Líder do governo na Assembleia, o deputado Rinaldo Modesto (PSDB), disse que o governador do Estado, Reinaldo Azambuja (PSDB), já esteve na casa de leis conversando com os parlamentares, que prestou esclarecimentos e segue a disposição para dar novas explicações.

Depois do anúncio oficial, o presidente publicará a abertura da investigação no Diário Oficial da Assembleia em edição extra ainda hoje ou na próxima versão.

A partir de agora, de acordo com Mochi, os parlamentares terão 120 dias para concluir a investigação, que poderá requisitar material e pessoal e, se necessário, contratar especialistas de fora para ajudar na apuração.

Os membros permanecem os mesmos, exceto por uma mudança no PMDB que colocou Paulo Siufi como titular e Márcio Fernandes como suplente. A situação era o contrário. Os demais são: Pedro Kemp, pelo PT, Paulo Corrêa (PR) e Flávio Kayatt (PSDB), pelo grupo tucano, e Eduardo Rocha (PMDB) do bloco dos peemedebistas.

Nos siga no Google Notícias