Assembleia garante R$ 96 milhões por ano em emendas controladas por deputados
Em meio a ajuste fiscal, parlamentares queriam incremento de R$ 1.500 milhão em ano de campanha eleitoral
Deputados estaduais negociaram com o governo Estadual o aumento no valor das emendas impositivas, que passam de R$ 3,5 milhões para R$ 4 milhões por ano para cada parlamentar, total de R$ 96 milhões a serem controlados por eles. Embora o acordo represente avanço em relação ao valor atual, eles pediam inicialmente R$ 5 milhões anuais para destinação de recursos, acréscimo de 43%.
RESUMO
Nossa ferramenta de IA resume a notícia para você!
Deputados estaduais de Mato Grosso do Sul apresentaram aproximadamente 240 emendas à Lei Orçamentária Anual de 2026, com destaque para a proposta de aumento das emendas impositivas destinadas à Saúde, que passariam de R$ 3,5 milhões para R$ 4 milhões. O projeto da LOA 2026, apresentado pelo governador Eduardo Riedel, prevê orçamento total de R$ 27,19 bilhões, representando crescimento de 3% em relação a 2025. O pedido de aumento das emendas ocorre em um momento de contenção fiscal, com o estado apresentando 46,9% da receita corrente líquida comprometida com despesas de pessoal.
O incremento foi uma das 240 propostas apresentadas na Alems (Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul) para constar na LOA (Lei Orçamentária Anual), aprovada por eles.
- Leia Também
- Ex-governador compara avanços de MT sobre MS em obras e gestão fiscal
- Renúncia fiscal de MS cresce 114% de 2023 a 2026 e beneficia 1,5 mil empresas
O montante deverá ser obrigatoriamente aplicado em obras e investimentos na área da Saúde, mas cada deputado poderá indicar onde os recursos serão aplicados, como hospitais, unidades básicas ou outras estruturas do sistema público em suas bases eleitorais.
A medida amplia o poder de articulação política dos parlamentares no ano de campanha eleitoral, já que o direcionamento das verbas é visto como uma forma de atender demandas locais e fortalecer a presença política nos municípios.
De acordo com o relator da LOA (Lei Orçamentária Anual) de 2026, Pedro Caravina (PSDB), o aumento proposta em emenda foi articulado com apoio de outros parlamentares e discutido com o governo e a Casa Civil. Segundo ele, a mudança não representa acréscimo de despesa, mas uma reorganização interna do orçamento.
O presidente da Alems (Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul), Gerson Claro (PP), garante que a proposta foi ajustada para respeitar o equilíbrio fiscal. "O aumento das emendas está dentro do limite mínimo de 12%", enfatizou.
O projeto da LOA 2026, apresentado pelo governador Eduardo Riedel (PP) em 13 de outubro, prevê orçamento total de R$ 27,19 bilhões, crescimento de 3% em relação a 2025, quando o valor estimado foi de R$ 26,4 bilhões.
Gasto - A discussão ocorre em um contexto de ajuste fiscal no governo estadual, que editou em agosto decreto de racionalização e controle de gastos. A medida vale para todas as secretarias e autarquias e tem como objetivo manter a capacidade de investimento e o equilíbrio das contas públicas.
Dados divulgados pela secretaria Estadual de Fazenda mostram que o Estado comprometeu 46,9% da receita corrente líquida com despesas de pessoal no segundo quadrimestre de 2025, ficando próximo do limite de 49% estabelecido pela LRF (Lei de Responsabilidade Fiscal).
O índice coloca Mato Grosso do Sul entre os três estados com maior comprometimento da arrecadação com folha de pagamento, atrás apenas de Rio Grande do Norte e Minas Gerais.
Receba as principais notícias do Estado pelo Whats. Clique aqui para acessar o canal do Campo Grande News e siga nossas redes sociais.


