Auxílio para aposentados de MS será estudado até fim de fevereiro, diz governo
Servidores protestaram, nesta manhã, contra aumento da contribuição previdenciária de 14%
Servidores aposentados de Mato Grosso do Sul estiveram hoje no Parque dos Poderes reunidos com o governador Eduardo Riedel para discutir o aumento previdenciário de 14%. A reunião foi solicitada pelo Fórum da categoria. Enquanto representantes conversavam sobre o assunto com o governador, 60 pessoas esperavam no pátio da Governadoria.
Conforme o governo, até o final de fevereiro será apresentado um estudo de viabilidade de mudança que beneficie os aposentados. A análise não diz respeito à Lei 274 que alterou o valor de 11 para 14%, visto que o Estado não pode mexer na questão previdenciária, mas na possibilidade de ajuda às categorias com novo auxílio.
Reuniões futuras entre o Fórum e a Ageprev (Agência de Previdência do Mato Grosso do Sul) serão realizadas periodicamente e abertas ao público. O objetivo é explicar a situação da previdência e mostrar os déficits. O encontro ainda não tem data definida.
Fabiano Reis, presidente do Fórum dos servidores, explicou que o governador se comprometeu a criar alguns mecanismos para melhorar a questão dos contribuintes com salários mais baixos.
“A gente viu com bons olhos essa questão da ajuda que o governo vai dar para os menores salários. Claro que a gente vai procurar avançar principalmente nas questões da doença grave, que é uma coisa que afeta muito o servidor aposentado. Logo após o Carnaval, a gente vai tentar reunir novamente já com essa reunião feita”.
O secretário da Segov (Secretaria Estadual de Governo e Gestão Estratégica), Pedro Arlei Caravina, disse que a reunião feita nesta manhã durou quase duas horas.
"A questão previdenciária é uma decisão que tem que ser feita dentro daquilo que é legal e aquilo que o Ministério autoriza. Não adianta falar que vai mexer em alíquota, ou vai diminuir, ou vai aumentar o acesso à contribuição, que é de um salário hoje para aumentar para três salários, sem isso ser aprovado no Ministério da Previdência. Isso é impossível de fazer, porque o Governo do Estado tem que atender a determinação que está lá, e isso é uma lei que vai ser encaminhada para a Assembleia. A previdência não é o governo que decide, a previdência ela tem vida própria e ela precisa seguir as regras da previdência."
Dionisio Gomes, de 64 anos, organizador do protesto e aposentado do Tribunal de Justiça, disse que o aumento já era pesado antes e agora ficou ainda pior. “Nós estamos aqui para lutar pelos nossos direitos, não podemos mais aceitar esse desconto de 14%. Os 11% já eram muito. Também queremos a isenção total para aqueles que têm doenças graves e incuráveis, isso já é lei”.
Os aposentados já afirmaram que na próxima segunda-feira (5), na volta do trabalho da Assembleia Legislativa, farão novas manifestações. Conforme o grupo, 232 pessoas já confirmaram presença.
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