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Política

Bernal diz que cidade está "quebrada" e vai demitir 3 mil comissionados

Antonio Marques | 27/08/2015 09:01
Bernal disse que a primeira medida de sua gestão vai ser demitir os comissionados do Gilmar Olarte (Foto: Fernando Antunes)
Bernal disse que a primeira medida de sua gestão vai ser demitir os comissionados do Gilmar Olarte (Foto: Fernando Antunes)

O prefeito Alcides Bernal (PP), que retoma de fato o gabinete da prefeitura, hoje às 12h30min, disse que sua primeira medida ao reassumir o cargo será demitir os cerca de 3 mil comissionados que foram contratados pelo ex-prefeito, afastado pela justiça, Gilmar Olarte (PP), que incharam a folha e contribuiu para deixar administração “quebrada e falida”. A declaração foi dada ao Jornal das Sete, na FM UCDB, agora pela manhã.

Bernal disse que em sua gestão havia cerca de 300 comissionados e a maioria era composta por servidores de carreira. “Chamei os funcionários para aproveitarem a oportunidade de contribuir com Campo Grande”, explicou, complementando que, conforme números extra-oficiais, esses comissionados chegaram a mais de 3 mil, com salários muito altos, "além dos fantasmas".

Alcides Bernal disse estar ciente que vai encontrar o caos instalado na prefeitura “quebrada e falida, bem diferente do que deixamos, que era superavitária”. Ele garante que deixou R$ 1,2 bilhão no caixa do Executivo e um superávit de R$ 654 milhões e já declarou que vai procurar saber como gastaram esses recursos e deixaram a prefeitura em crise financeira.

Com pouco mais de um ano e quatro meses de mandato pela frente, considerando que em 2016 tem eleições municipais, o que deixa o ano político ainda mais curto, Bernal disse vai realizar uma gestão austera e transparente, além de buscar o diálogo com todos os vereadores, forças políticas e os diversos segmentos da sociedade organizada para construir um “pacto por Campo Grande”. Para ele, é a única saída para colocar a administração municipal de volta à normalidade.

Questionado sobre a inclusão de alguns de seus secretários serem pegos nas gravações telefônicas da operação Lama Asfáltica, Bernal comentou que ficou muito decepcionado com os fatos, pois escolheu nomes que ele imaginava serem pessoas sérias, mas que ao final alguns o decepcionaram. Não citou nomes, mas disse que havia exigido que todos realizassem um trabalho sem permitir que empresários agissem como donos da cidade. “Fiquei muito triste ao ouvir algumas vozes conhecidas nas gravações, pois alguns criavam problemas que não existiam ou hiper-dimensionavam os problemas e foi lamentável tudo isso”, revelou.

Segundo ele, para evitar que isso aconteça novamente vai escolher nomes com conhecimento técnico e que já demonstrou capacidade de gestão. “Não podemos permitir que haja quebra nos serviços públicos. A população não merece isso e o nosso tempo é curto”, reiterou. Para Bernal, a fonte de recursos do município é uma só, “o bolso do contribuinte”, independente se o imposto é municipal, estadual ou federal.

Bernal deve seguir para a prefeitura a partir das 12 horas. Apoiadores do prefeito estão marcando concentração em frente ao Paço Municipal, no final da manhã, para manifestação favorável ao retorno dele.

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