Câmara arquiva pedidos para cassar vereador que foi preso na Capital
Eleitor e grupo do Partido Novo acreditam que Casa de Leis deveria retirar mandato do parlamentar
Foram arquivados pelaa Câmara Municipal dois pedidos para cassar o mandato do vereador afastado Cláudio Jordão de Almeida Serra, o "Claudinho Serra" (PSDB), que foi preso no dia 3 de abril, durante a 3ª fase da Operação Tromper. Ele foi solto após 23 dias e agora usa tornozeleira eletrônica por suspeita de integrar grupo que desviava recursos da Prefeitura de Sidrolândia, quando atuou como secretário de Fazenda na gestão sogra e atual da prefeita Vanda Camilo (PP).
Os pedidos de cassação foram feitos pelo eleitor Elenilton Dutra de Andrade e por um grupo do Partido Novo. A cassação pode ocorrer em caso de quebra de decoro, de acordo com o Regimento Interno da Câmara Municipal. O político argumentou que o pedido de cassação deveria ir à votação do plenário.
Elenilton se apresentou como empresário, cidadão e eleitor ao protocolar o pedido no dia 26 de abril e negou ter interesses políticos na cassação do vereador.
“Acho um absurdo nós temos um vereador acusado de corrupção e continuar nos representando na Câmara Municipal. Como os vereadores não tiveram coragem de tomar a atitude, eu como cidadão estou tomando”, afirmou.
A reportagem não conseguiu contato com o presidente da Casa de Leis na manha desta quinta-feira (20) para comentar o motivo do arquivamento dos pedidos.
Primeiro vice-presidente da Câmara, o vereador Loester Nunes, “Dr. Loester” (MDB)”, opinou que não viu motivo para cassação. “Ele está afastado já. Eu votaria contra o pedido de cassação, porque o Claudinho não cometeu nada de errado aqui, se fosse aqui no mandato dele aí sim. Claro, ele está pagando pelas consequências, mas não tem motivo para cassação”, comentou o parlamentar.
Afastamento - Faltando apenas três sessões para perder o mandato de vereador, Claudinho apresentou atestado com validade de um mês por estar "psicologicamente abalado". Em seguida, o vereador pediu afastamento para tratar de interesse particular por quatro meses.
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