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Política

Candidatos se dizem contra terceirização da saúde e defendem diálogo

Conselho Municipal de Saúde promove sabatina com os concorrentes nesta sexta-feira

Mayara Bueno e Leonardo Rocha | 23/09/2016 10:54
Suél Ferranti, candidato do PSTU. (Foto: Fernando Antunes).
Suél Ferranti, candidato do PSTU. (Foto: Fernando Antunes).
Prefeito Alcides Bernal (PP). (Foto: Fernando Antunes)
Prefeito Alcides Bernal (PP). (Foto: Fernando Antunes)

Candidatos a prefeito de Campo Grande, participam, nesta sexta-feira (23), de uma sabatina do Conselho Municipal de Saúde. Nos discursos, os postulantes ao cargo afirmam ser contrários à terceirização do setor, a favor da gestão compartilhada e prometem concursos e investimentos nas unidades básicas.

Cada candidato tem 12 minutos para falar sobre o tema. No fim, vão assinar um carta de compromisso com a saúde pública, onde se comprometem em fazer uma gestão participativa, ampliar unidades de saúde básica, não terceirizar a saúde, concluir obras e reformas na área da saúde e manter a gestão plena.

Suél Ferranti (PSTU) quer implantar um conselho popular, para definir os “rumos e investimentos”. Também afirma que, em uma eventual gestão, quer contar com a participação de sindicatos, associações, centros acadêmicos, juventude, indígenas e quilombolas. Lembrou que, atualmente, o Conselho de Saúde não representa os anseios dos usuários, pois tem a participação “dos patrões e do Estado”.

Tentando a reeleição, Alcides Bernal (PP) comentou que, quando assumiu a Prefeitura, em 2013, a saúde “estava um verdadeiro caos”. Também defendeu implantar uma gestão compartilhada com entidades e conselho e afirmou ser contra a terceirização da saúde. Aproveitou para alfinetar os adversários, dizendo que “tem deputado que é farinha do mesmo saco e cartas do mesmo baralho”, que falam ser contra terceirizar, mas votam a favor em projetos na Assembleia.

Sobre a rede básica de saúde e de emergência, afirmou que quer fortalecer e lembrou que, quando retornou ao cargo de prefeito, em 2015, ajudou com recursos para a Santa Casa e conclusão do Hospital do Trauma.

Lauro Davi, candidato a prefeito pelo PROS. (Foto: Fernando Antunes)
Lauro Davi, candidato a prefeito pelo PROS. (Foto: Fernando Antunes)

Do PROS, Lauro Davi conta com sua experiência na Cassems (Caixa de Assistência a Saúde de Mato Grosso do Sul), cuja gestão, segundo ele, “deixou uma empresa sólida para o Estado”. Se for eleito, afirma que promoverá mais concursos para a saúde e tirar da secretaria funcionários comissionados com indicações políticas. Quer criar conselhos deliberativos para conversar com os segmentos. “A gestão hoje é incompetente, existe má vontade para as coisas darem certo”.

Candidato do PV, Marcelo Bluma quer a participação popular, fortalecer os conselhos e defende que os usuários precisam participar mais das decisões. Afirmando que a saúde faz parte de um sistema, falou que o setor não pode tratar só a doença, mas investir na prevenção e citou exemplos de outras situações que atingem diretamente a saúde. “O lixão no Jardim Noroeste, os córregos poluídos são fábricas de doentes. Trânsito caótico também que leva muito acidentado para os hospitais”.

Para Athayde Nery (PPS), o trabalhador precisa ser valorizado e a gestão compartilhada “na saúde e em outros setores”. “O prefeito não pode ser o dono da verdade. Os conselhos precisam ter voz ativa em todo o processo”. O candidato também comentou da importância da saúde preventiva e se comprometeu a ampliar unidades básicas de saúde.

Do PV, candidato a prefeito Marcelo Bluma. (Foto: Fernando Antunes)
Do PV, candidato a prefeito Marcelo Bluma. (Foto: Fernando Antunes)
Candidato a prefeito Athayde Nery (PPS). (Foto: Fernando Antunes)
Candidato a prefeito Athayde Nery (PPS). (Foto: Fernando Antunes)
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