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Política

Entidades querem do próximo prefeito diálogo e gestão compartilhada

Associação Comercial, OAB, entre outras, elaboraram um pacto com metas para o próximo prefeito cumprir

Mayara Bueno e Leonardo Rocha | 20/09/2016 11:59

Entidades da sociedade civil esperam do próximo prefeito de Campo Grande gestão compartilhada e diálogo com o Executivo Municipal. Estes são os principais itens levantados no Pacto Juntos por Campo Grande, documento assinado por oito dos 15 candidatos a prefeito da Capital, nesta terça-feira (20).

Fizeram parte da elaboração do documento, a Associação Comercial de cidade, OAB-MS (Ordem dos Advogados do Brasil seccional de Mato Grosso do Sul), CAU (Conselho de Arquitetura e Urbanismo), entre outras instituições da sociedade civil.

Aos candidatos, foi entregue a relação de pontos considerados essenciais para serem cumpridos por quem foi comandar da Prefeitura pelos próximos quatro anos: recuperar a confiança social na cidade; ética na política; participação intensa dos setores na gestão pública; relação transparente entre os poderes (executivo e legislativo); gestão profissionalizada e inovadora; programa com metas clara e plano de governo até 2040.

Segundo o presidente da Associação Comercial, João Carlos Polidoro, o objetivo do pacto é que o prefeito eleito possa ouvir a sociedade civil campo-grandense. O pedido é para que a próxima gestão seja participativa e democrática. “Que o prefeito se reúna várias vezes ao longo do ano, não só para discutir o comércio, mas saúde, educação, infraestrutura”, listou.

Também compondo o conjunto de entidades formadores do pacto, a OAB foi representada por seu presidente, Elias Karmouche. “Muitas vezes, o político elabora o projeto, mas sem ouvir a cidade e foi isso que produziu os desastres na política do Brasil”, afirmou.

Ele comentou que outras cidades também têm elaborado pactos, a serem assinados pelos candidatos a prefeito. Para o presidente da OAB, anteriormente, muitos candidatos pensavam, ao elaborarem seus projetos de governo, nas vontades dos partidos, e não das pessoas, o que precisa ser modificado.

O compromisso com o documento não deverá ficar só na assinatura, garantiu o presidente. Segundo ele, as entidades que elaboraram o pacto têm força suficiente para cobrar a efetivação das metas, no futuro.

Quem assinou – Assinaram o documento os candidatos Rose Modesto (PSDB); Alex do PT; Adalton Garcia (PRTB); Coronel David (PSC); Athayde Nery (PPS), Marquinhos Trad (PSD), Lauro Davi (PROS) e Elizeu Amarilha (PSDC). No lugar dos candidatos a prefeito, foram os vices Ulisses Duarte (PP, vice de Alcides Bernal, também do PP) e Fábio Lechuga (da Rede, vice de Marcelo Bluma, do PV).

Para Marquinhos Trad, o pacto assinado hoje mostra “a maturidade da cidade, que tem o interesse em participar da administração pública”. “É dever do prefeito ouvir as entidades, porque ele deve se comportar como um servidor público, que precisa atender a sociedade”.

Athayde Nery lembrou que 60% do PIB (Produto Interno Bruto) vem do comércio e dos serviços e, que, associações como as que elaboraram o pacto, “não podem deixar de ser consultadas pelos gestores”. Na campanha, ele afirma que já defende uma gestão compartilhada e projetos a longo prazo. “Prefeito não tem de ser apenas um administrador e sim um articulador político”.

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