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Política

Cerveró diz em delação que pagou propina para Delcídio, Renan e Jader

Leonardo Rocha | 04/05/2016 09:06
Ex-diretor da Petrobras diz que pagou propina para Delcídio e Renan Calheiros (Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom | Agência Brasil)
Ex-diretor da Petrobras diz que pagou propina para Delcídio e Renan Calheiros (Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom | Agência Brasil)

O ex-diretor da Petrobras, Nestor Cerveró, afirmou em sua delação premiada que pagou R$ 5,5 milhões em propina para os senadores Delcídio do Amaral (sem partido-MS), Jader Barbalho (PMDB-PA) e Renan Calheiros (PMDB-AL). Este repasse foi sobre contratos da empresa estatal, na aquisições dos navios-sondas, como forma de acerto político.

De acordo com o jornal Folha de São Paulo, Cerveró contou que esta negociação começou em uma reunião com o ex-ministro Silas Rondeu (Minas e Energia), que explicou ao ex-diretor que o PMDB daria o apoio necessário para Diretoria Internacional da Petrobras, mas que precisava de auxílio financeiro aos senadores do partido.

Depois foi feito um jantar na casa do senador Jader Barbalho, onde Cerveró se comprometeu a fazer o pagamento da propina. De acordo com ele, participaram deste encontro o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), Sérgio Machado (ex-diretor da Transpetro), e o ex-diretor da estatal Paulo Roberto Costa.

Então em função da negociação foi repassado a propina de R$ 5,5 milhões para Delcídio, Barbalho e Renan Calheiros, além de mais R$ 5 milhões para o presidente da Câmara, o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Sobre o último, o STF (Supremo Tribunal Federal) já aceitou a denúncia contra o parlamentar, que se tornou réu no processo, por corrupção e lavagem de dinheiro.

Segundo a reportagem, foram desviados ao todo R$ 20 milhões destes contratos com a Petrobras, tendo outra parte distribuída para lobistas e outros empresários. Renan e Jader negam ligação com o esquema de corrupção da Petrobras e qualquer acerto com Cerveró.

Delcídio do Amaral (PT), que fechou delação premiada com a PGR (Procuradoria-Geral da República, informou por meio de sua assessoria, que não vai se pronunciar sobre o caso.

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