Com abstenção recorde, 213.387 não apareceram, anularam ou votaram em branco
Amostra do eleitorado que nem foi às urnas ficou em 28,60%, um total de 184.812
Comparecendo ou não, 213.387 eleitores – 33% dos aptos a votar – optaram por não depositar o voto em Adriane Lopes (PP) ou Rose Modesto (União).
RESUMO
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No segundo turno das eleições, 33% dos eleitores aptos não votaram em nenhum dos candidatos, com uma abstenção de 28,60%, maior do que no primeiro turno. O presidente do TRE-MS, Carlos Eduardo Contar, destacou que a responsabilidade pela abstenção é dos eleitores, que decidiram não comparecer. Dos 461.386 votos, 3,66% foram nulos e 2,54% em branco, totalizando 28.575 eleitores que foram às urnas, mas não escolheram nenhum candidato. Apesar de alguns problemas técnicos com as urnas, o dia de votação foi considerado tranquilo.
A amostra do eleitorado que nem foi às urnas ficou em 28,60%, um total de 184.812, abstenção bem maior que no primeiro turno se levado em conta que 20.013 eleitores a mais sequer apareceram nos locais de votação. No dia 6 de outubro, o percentual de não comparecimento foi de 25,50%, bem próximo do registrado em 2020, quando a pandemia da covid-19 estava instalada e 25,14% não foram às seções.
Ainda conforme a apuração finalizada pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) às 17h04, dos 461.386 votos depositados nas urnas, 16.871 foram nulos (3,66%), enquanto 11.704 (2,54%) dos eleitores optaram por votar em branco. São, portanto, 28.575 cidadãos que foram às seções, mas não optaram por nenhuma das candidatas.
Em 2020, embora a Capital tivesse 14 candidatos a prefeito, 43.063 eleitores votaram nulo ou em branco. Naquele ano, Marquinhos Trad (PSD) foi reeleito prefeito em chapa que trazia Adriane Lopes como vice.
Quatro anos antes, quando Trad foi eleito prefeito pela primeira vez, o percentual de não comparecimento ficou em 22,32% com 132.865 eleitores faltantes. Nulos foram 36.776 (7,95%), enquanto 13.995 (3,03%) votaram em branco.
Em 2012, quando a Capital escolheu Alcides Bernal (PP) para prefeito, 104.066 eleitores deixaram de ir às urnas, fazendo a abstenção somar 18,53%. Outros 14.982 (3,27%) votaram nulo e 9.443 (2,06%) em branco.
Em 2008, a abstenção foi de 15,67%, em 2004, de 14,85%, e em 2000, 13,97%.
Para o presidente do TRE-MS (Tribunal Regional Eleitoral), o desembargador Carlos Eduardo Contar, o percentual de abstenção foi alto. Ele exime, contudo, a Justiça Eleitoral de qualquer culpa, afinal, o dia de votação na Capital foi considerado tranquilo.
“A abstenção foi alta neste segundo turno, maior do que no primeiro turno. Mas a responsabilidade é do próprio eleitor. Aqueles eleitores que se sentiram obrigados ou desejosos de comparecer, assim o fizeram. Aqueles que não fizeram, assumem a mesma responsabilidade dos que votaram”, afirmou ao término da apuração.
Conforme o TRE, seis urnas apresentaram problemas e três equipamentos precisaram ser substituídos num total de 2.238 seções eleitorais, em 235 locais de votação. Neste segundo turno, 646.216 eleitores estavam aptos a ir às urnas.
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