Concorrentes à Câmara precisam de pelo menos 2,5 mil votos para ser vereador
Na "briga" pelo mais votado, PDT estima fazer até 12 mil votos com ex-prefeito na disputa
O cálculo para determinar quantos candidatos de cada partido serão eleitos vereadores é definido por lei e não é muito simples, mas os partidos sabem “de cor e salteado”. No fim da apuração das urnas, não entram necessariamente os mais votados no geral. A eleição depende dos chamados quociente eleitoral e quociente partidário. Em Campo Grande, feitas as contas, os candidatos têm que fazer no mínimo 2,5 mil votos para ocupar uma cadeira na Câmara Municipal, conforme a previsão dos partidos.
A estimativa traz um número maior do que o mínimo alcançado nas últimas eleições. Em 2020, o último eleito da lista, André Luís Soares da Fonseca, o "Prof. André" entrou pelo partido Rede Sustentabilidade com 1.910 votos. Em 2016, a menos votada, Aparecida Amaral, a "Enfermeira Cida Amaral" entrou pelo PTN com 1.929 votos.
O presidente do MDB na Capital, vereador Jamal Salem, explica que o partido, prevê eleger quatro vereadores, pois acredita que cada um é capaz de fazer entre 2,5 mil e 4 mil votos.
“São 30 candidatos, sendo 10 mulheres e 20 homens e o pessoal nosso é bem preparado. Muitos deles estão na faixa de 1 mil e 1,5 mil votos e alguns fazem de 2,5 mil para cima. O partido aposta também nos votos da legenda”, detalha Jamal, ao mencionar os votos que os eleitores dão ao partido para ajudar na soma total e eleger mais um, sem escolher um candidato especificamente.
O MDB faz parte de uma coligação de nove partidos, que inclui a federação PSDB/Cidadania, PL, Solidariedade, PSD, PSB, Republicanos e Podemos.
Conforme a assessoria de campanha da federação PSDB/Cidadania, em todo o arco de aliança, a previsão é fazer de 18 a 20 vereadores, o que daria bem mais da metade do número total de cadeiras na Câmara Municipal, que são 29.
Já o PSDB prevê eleger sete vereadores e inclusive entrar na briga pelo "mais votado" no geral. A cada 15 mil votos, entrará um candidato. Juntos, os 30 candidatos da federação precisam fazer 100 mil votos.
A média necessária para cada candidato do partido é um pouco mais alta em relação à estimada pelas demais siglas. Cada um precisa fazer média de 3,3 mil votos. Se alguns fizeram bem mais votos, outros podem entrar com menos.
Os candidatos que fazem mais, são o que os partidos chamam de “puxadores de votos”. Na prática, para garantir a meta, a federação acredita que cada um deve fazer cerca de 4,5 mil a 4,8 mil votos para entrar. Foi quase isso que os eleitos do PSDB tiveram que fazer para entrar nas eleições de 2020. O que entrou com menos votos nas eleições passadas foi Cláudio Serra, o “Claudinho” com 3.616 votos.
O presidente do União Brasil em Campo Grande, vereador Alírio Villasanti, o “Coronel Alírio”, conta que o partido trabalha com a possibilidade de eleger quatro vereadores.
“Juntos, os 30 candidatos do partido teriam que fazer na faixa de 60 mil votos, de acordo com o quociente. Estamos trabalhando para tentar fazer um pouco mais e aí poderíamos fazer um quinto vereador. A meta minha é fazer pelo menos 2,5 mil a 3,5 mil votos”, explica Villasanti.
No PDT, o presidente municipal Sérgio Murilo estima que os candidatos precisarão fazer 2,5 mil votos para que dois ou três consigam entrar, considerando que o “puxador de votos” faça pelo menos 12 mil votos.
A meta se baseia no nome do candidato "mais forte" do PDT, que é o ex-prefeito Marquinhos Trad, escolhido pelos campo-grandenses para dois mandatos na prefeitura, além de já ter sido vereador e deputado estadual.
Para se ter uma ideia, em 2020 o mais votado foi Tiago Vargas, que entrou pelo PSD com 6.202 votos. Em 2016, André Salineiro foi o campeão de votos pelo PSDB, com 8.776.
Em 2012, o mais votado, no entanto, alcançou número maior. Foi o ex-governador José Orcírio Miranda dos Santos, o “Zeca do PT" (PT), que teve 13.010 votos.
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