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Política

CPI que apura sumiço de vacina também investigará imunização em gabinete

Fernanda Mathias | 07/06/2016 12:45
Alex diz que denúncia será investigada na CPI: "premissa do gestor é respeitar critérios de prioridade" (Foto: Alcides Neto)
Alex diz que denúncia será investigada na CPI: "premissa do gestor é respeitar critérios de prioridade" (Foto: Alcides Neto)

A CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Câmara dos Vereadores que investiga o sumiço de 3 mil doses de vacina contra o vírus H1N1, causador da chamada gripe A, também irá averiguar a denúncia de que 35 pessoas de fora do grupo prioritário teriam sido imunizadas no gabinete do prefeito de Campo Grande, Alcides Bernal (PP), dia 18 de maio, dentre elas dois vereadores, o próprio prefeito, assessores e secretários.

A denúncia, feita pelo jornalista Carlos Roberto Pereira, que registrou boletim de ocorrência dia 03 de junho e também a encaminhou aos Ministérios Público Estadual e Federal, ainda não era de conhecimento da CPI, segundo o presidente da Comissão, vereador Marcos Alex (PT).

“Nosso objetivo é investigar as 3 mil doses desaparecidas e isso é um componente que precisa passar por esclarecimento e será objeto de investigação. Respeitar os critérios de prioridade deve indiscutivelmente ser premissa básica do gestor”, diz o vereador, que alega não ter se vacinado, assim como a esposa e a filha, de 13 anos.

A Prefeitura diz que não há fundamentos para a denúncia e aponta “onda de boatos sobre sumiço de vacinas” lembrando que foi instaurada sindicância pela Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) para apurar o caso.

Recentemente a reportagem do Campo Grande News mostrou a vacinação de grupos não prioritários, falha apontada inclusive pelo governo estadual como responsável pela falta da doses para que todos que integram o grupo de risco fossem imunizados.

A Sesau não explicou onde estão pelo menos três mil doses, diferença entre o volume repassado pela SES (Secretaria de Estado de Saúde) e a cobertura vacinal.

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