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Política

Degradação do Morenão é o símbolo da decadência do futebol, diz Pedrossian Neto

Reunião sobre revitalização do estádio acontece nesta terça-feira (11)

Por Fernanda Palheta | 10/06/2024 18:23
Deputado Pedro Pedrossian Neto (PSD) em entrevista ao Campo Grande News na tarde desta segunda-feira (10) (Foto: Alex Machado)
Deputado Pedro Pedrossian Neto (PSD) em entrevista ao Campo Grande News na tarde desta segunda-feira (10) (Foto: Alex Machado)

Com os portões fechados desde de 2021 para reforma, a degradação do Estádio Universitário Pedro Pedrossian, o Morenão, é o símbolo da decadência do futebol sul-mato-grossense, aponta o deputado estadual Pedro Pedrossian Neto (PSD). O parlamentar está à frente da comissão da Alems (Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul), que acompanha o andamento da obra no local.

“Isso é reflexo de um modelo de gestão que permitiu a perpetuação de uma mesma pessoa ou grupo a frente da entidade que administra uma quantidade significativa de recurso e que esse recurso não chega na ponta para os atletas, fortalecimento do futebol”, criticou o deputado em referências às denúncias de lavagem de dinheiro contra a FFMS (Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul).

Pedrossian Neto faz uma comparação com o estado vizinho, Mato Grosso, que tem um time jogando na primeira divisão. O resultado, segundo ele, não é apenas por investimento, mas consequência de um modelo de gestão.

“Hoje você pega a federação sem transparência, sem compliance, sem governança, você não consegue convencer nenhuma empresa de colocar recurso no futebol, e com razão. Você vai investir ali e sabe que o dinheiro não chega na ponta”, disse. “Temos que aproveitar essa crise para fazer um enfrentamento grande, e quem pode fazer esse enfrentamento são os clubes. Deveria ter renovação, reforma do estatuto e aí sim reforma dos estádios e mais investimento”, completa.

Para Pedrossian, a consolidação do principal estádio de Mato Grosso do Sul é um dos caminhos para a reconstrução do futebol no Estado. “O estádio é uma precondição para que a gente possa ter futebol melhor, porque é através do estádio tem cobertura televisiva, os times tem mais destaques, tem público pagante mais significativo, cria uma economia criativa em torno do futebol”, defende.

Reforma tímida - Em reunião nesta terça-feira (11), a comissão da Assembleia irá acompanhar os avanços das obras no Morenão. Em fevereiro, a Fapec (Fundação de Apoio à Pesquisa, ao Ensino e à Cultura), responsável pelas obras no local, informou da conclusão de banheiros e vestiários. A primeira fase consumiu R$ 3.673.921,27, deixando um saldo em caixa de R$ 6.732.971,43 dos R$ 9,4 milhões repassados pelo governo.

“Nós vemos o Estádio em uma situação de degradação total. Só que o escopo dessa reforma de fato era tímido e que além de ser tímida está andando a passos de tartaruga e o estádio fechado há três anos”, avaliou o parlamentar. O projeto firmado com o governo do Estado não contempla a instalação de cadeiras, modernização de cabines de transmissão, iluminação do campo, pintura, readequação do sistema de drenagem, reforma do campo e da pista de atletismo.

Ainda está pendente a recuperação dos pilares e marquises, impermeabilização da cobertura, o SPDA (Sistema de Proteção contra Descargas Atmosféricas), que é um conjunto para proteger pessoas das ações dos raios e o PSCIP (Projeto de Segurança Contra Incêndio e Pânico), que é um documento que reúne as medidas de segurança contra incêndio e pânico para toda edificação de uso coletivo.

A Fapec estima que serão necessários aproximadamente R$ 3,3 milhões para executar e entregar os serviços restantes conforme o contrato, totalizando R$ 10 milhões.

O parlamentar aponta que a reforma criará uma expectativa na população que não será correspondida. “Esse é o problema, as pessoas falam sobre reforma e aí imagina que ao final nós vamos ter um estádio legal para usar e nós não vamos ter isso. Essa é nossa angústia e por isso é importante a audiência”, completou Pedrossian Neto.

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