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Política

Deputado cobra grupo para resolver 1,7 mil boletins represados em Dourados

Segundo parlamentar, a cidade teria cerca 1.700 boletins de ocorrência de violência doméstica parados

Por Fernanda Palheta | 01/04/2025 11:39
Deputado cobra grupo para resolver 1,7 mil boletins represados em Dourados
Deputado Pedro Caravina (PSDB) pediu força-tarefa para analisar boletins de ocorrência represados em Dourados (Foto: Luciana Nassar)

O deputado estadual Pedro Caravina (PSDB) usou a tribuna da Alems (Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul), nesta terça-feira (1º), para cobrar reforço nas medidas de proteção às mulheres vítimas de violência doméstica no interior do Estado. Segundo o parlamentar, em Dourados, cidade a 230 quilômetros de Campo Grande, há cerca de 1,7 mil boletins de ocorrência represados, ou seja, sem instauração de inquérito ou medidas protetivas. Os dados citados não são oficiais.

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O deputado estadual Pedro Caravina (PSDB) cobrou reforço nas medidas de proteção às mulheres vítimas de violência doméstica em Dourados, onde há cerca de 1.700 boletins de ocorrência represados. Ele solicitou à Sejusp a confirmação do número de boletins, o cronograma de análise e se há previsão de criação de um grupo de trabalho. A deputada estadual Lia Nogueira (PSDB) também cobrou o fortalecimento das medidas protetivas e questionou o investimento no Programa Mulher Mais Segura, da Polícia Militar, no interior do estado.

"A informação que tenho é a situação da violência doméstica em Dourados está pior que Campo Grande. São 1.700 boletins de ocorrência, segundo informações que recebi; se você comparar a população de Dourados com Campo Grande seria a mesma coisa que se nós tivéssemos aqui 8.500 registros. Mas aqui a gente tinha cerca de 5 mil e foi criado um grupo de trabalho", disse o tucano.

Caravina protocolou um requerimento solicitando à Sejusp (Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública) a confirmação do número de boletins de ocorrência relacionados a violência doméstica que estão represados, qual o cronograma para a analise e encaminhamentos, e se já previsão da criação de um grupo de trabalho seguindo os moldes do criado na Capital.

"Antes de vir debater mais um feminicídio temos que alertar a situação grave. Se isso for confirmado precisa ser feita uma força-tarefa como foi feita em Campo Grande para olhar quais casos tem chances reais de evoluir para mais graves", completou Caravina.

Quanto foi investido? - A deputada estadual Lia Nogueira (PSDB) cobrou o fortalecimento das medidas protetivas contras as mulheres no interior. No início do ano, ela protocolou um requerimento questionando o quanto seria investido no Programa Mulher Mais Segura, da Polícia Militar.

De acordo com a deputada, a resposta não apresentou valores de dotação orçamentária para a efetivação do programa. "Não traz dados claros sobre o funcionamento no interior do estado e de que forma isso acontece. Quantos policiais estão para cumprir as medidas protetivas? O primeiro caso de feminicídio foi em Caarapó, onde faltava efetivo para evitar que o rapaz chegasse perto dela”, lamentou a parlamentar.

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