Deputados criam comissão para acompanhar afastamento de conselheiros do TCE
Deputados têm interesse na vaga aberta, caso um dos investigados seja excluído da Corte de Contas
Com 16 assinaturas, a Assembleia Legislativa aprovou nesta quarta-feira (22) a criação da comissão temporária para acompanhar investigação que provocou afastamento de 3 conselheiros do Tribunal de Contas do Estado. Os deputados têm interesse na vaga aberta, caso um deles seja excluído do TCE.
Os planos de ampliar a lista de adesões não vingou e parou na 16ª. No dia da apresentação do requerimento, na quinta-feira passada, o “porta-voz” do grupo, deputado Roberto Razuk Filho, o Neno Razuk (PL), disse que esperava mobilização maior.
O próximo passo no Legislativo será a escolha dos 5 membros da comissão, a serem definidos pelas bancadas dos partidos. Os escolhidos terão como função acompanhar inquérito ou eventual processo sobre afastamento dos conselheiros Waldir Neves, Ronaldo Chadid e Iran Coelho, que ocorreu em dezembro de 2022, decorrente da operação Terceirização de Ouro, que apura licitações fraudulentas no TCE.
A defesa de Waldir Neves já havia se manifestado por nota afirmando que não vê qualquer problema na criação da comissão. "Pelo contrário, a comissão poderia ser permanente, para ter como atribuição o acompanhamento não apenas desse inquérito, mas de todos os inquéritos e ações penais envolvendo todos os conselheiros e deputados estaduais. Até porque não acreditamos em acompanhamentos seletivos", completou.
Neno Razuk (PL) é um dos deputados estaduais sob investigação atualmente. Alvo da operação Successione, deflagrada pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado), Neno é suspeito de ser chefe de quadrilha que tentava assumir o comando do jogo do bicho em Campo Grande.
Outro a assinar o pedido foi o deputado Jamilson Name (PSDB), que em 2021 virou réu em processo derivado da 6ª fase da operação Omertà, contra organização criminosa para comandar a exploração a loteria ilegal na Capital e de usar a estrutura de empresa de títulos de capitalização para lavar dinheiro.
As outras 14 assinaturas são de Márcio Fernandes (MDB), Junior Mochi (MDB), Pedro Caravina (PSDB), Zeca do PT, Paulo Duarte (PSB), Lucas de Lima (PDT), Pedro Pedrossian Neto (PSD), Coronel David (PL), Antônio Vaz (Republicanos), Mara Caseiro (PSDB), Pedro Kemp (PT), Rinaldo Modesto (Podemos), Renato Câmara (MDB) e Roberto Hashioka (União).