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Política

Despejo pode ocorrer em abril e será crime político-administrativo, diz Mario

Kleber Clajus | 19/02/2014 13:45
Presidente da Câmara rebate prazo dado por dona de prédio (Foto: Arquivo / Campo Grande News)
Presidente da Câmara rebate prazo dado por dona de prédio (Foto: Arquivo / Campo Grande News)

O presidente da Câmara Municipal de Campo Grande, Mario Cesar (PMDB), indicou nesta quarta-feira (19) que o prazo definido pela Justiça para despejo dos vereadores da atual sede do Legislativo é 24 de abril. A assessoria jurídica da Haddad Engenheiros Associados informou que a data limite é 11 de março. A busca por soluções para dívida de R$ 13 milhões se arrasta desde 2007. Para ele, caso o prefeito Alcides Bernal (PP) não tome atitude pode “incorrer em crime político-administrativo”.

“Para nós o prazo termina em 24 de abril e apresentamos várias propostas. Até hoje não teve nenhuma solução para isso, que é responsabilidade exclusiva do prefeito de Campo Grande resolver”, disse Mario durante Sessão Comunitária no Bairro Paulo Coelho Machado.

A data apresentada pelo presidente do Legislativo diverge da apresentada hoje pelo advogado da empresa locatária, André Borges, que seria de 11 de março.

De acordo com o peemedebista, se Bernal pretende punir os vereadores com a demora em resolver a questão deve lembrar-se que estará “penalizando Campo Grande”. Ele ressalta que a Câmara está aberta ao diálogo e isso tem se demonstrado por meio de críticas e discursos “menos ácidos” contra o progressista.

“Esse ano tive uma reunião com o prefeito e disse que está providenciando. O tempo verbal no gerúndio não dá certo. Tem que pensar no presente para fazer. Se houver despejo ele pode incorrer em crime político administrativo”, pontuou.

Já o líder do prefeito, Marcos Alex (PT), acredita que os vereadores não serão despejados. “Seria surreal”, resume o petista que também aguarda de Bernal uma resposta para o impasse.

Preocupados – Seja da base ou oposição, a inércia em se definir para onde ir gera indignação entre os vereadores que apontam como alternativas as sessões itinerantes e comunitárias, além de encontros em tendas na praça e debaixo de “pé de manga”.

“O prefeito teve um ano para resolver isso. Não é mais hora de procurar culpados, mas resolver o problema”, comenta Waldecy Chocolate (PP). Já Rose Modesto (PSDB) lembra da devolução de mais de R$ 8 milhões ao Executivo que poderiam ser empregados no pagamento dos aluguéis atrasados desde 2005.

Gilmar da Cruz (PRB) se questiona para onde ir em situação de despejo e Paulo Pedra (PDT) que será “vereador lá [no prédio atual] ou embaixo de um pé de manga”.

Sugestões também para um novo prédio também estão na pauta entre os legisladores. Ademir Vieira, o Coringa (PSD), quer uma Câmara em algum bairro de fácil acesso e próximo da população e sugere Aero Rancho, Moreninha e Tiradentes.

Por outro lado, Marcos Alex (PT) indica que a melhor saída é o pagamento dos débitos e renovação do contrato com a Haddad Engenheiros Associados, enquanto Bernal define um novo espaço. Ele também sugere como possíveis estruturas o Centro de Belas Artes, no Cabreúva, o Hotel Campo Grande. na 13 de Maio, ou a construção de uma sede próxima ao Atacadão da Duque de Caxias.

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