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Política

Edil e Jamal podem ser indiciados se não provarem denúncia contra Bernal

Paulo Yafusso | 23/10/2015 10:19
Jamal, que conversa com Luiza, pode ser alvo de investigação por falsa comunicação de crime (Foto: Marcos Ermínio)
Jamal, que conversa com Luiza, pode ser alvo de investigação por falsa comunicação de crime (Foto: Marcos Ermínio)

Os vereadores Jamal Salem (PR) e Edil Albuquerque (PMDB) poderão responder por falsa denúncia, caso eles não apresentem provas de que o prefeito Alcides Bernal (PP) ofereceu dinheiro e cargos para evitar a cassação. O vereador do PR vai prestar depoimento às 9h30 de segunda-feira, e a partir do que ele disser e apresentar de prova, será definido o rumo dessa investigação pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado).

A partir das informações prestadas por Jamal Salem o Gaeco, vai definir, por exemplo, se vai pedir a apreensão dos celulares daqueles que não entregarem os aparelhos. Ontem (22) o órgão entregou notificação para que os vereadores e o prefeito Bernal entreguem os celulares em cinco dias, que vence na segunda-feira. A entrega não é obrigatória, pois a notificação especifica que ela é voluntária. O pedido feito por Edil Albuquerque, por meio do seu advogado Rene Siufi, foi para que o Gaeco pedisse à Justiça a apreensão e perícia dos celulares, mas como o procedimento seria mais demorado, decidiu-se pela notificação.

Segundo o Gaeco, os atuais deputados federais Zeca do PT e Elizeu Dionísio (PSDB), a vice-governadora Rosa Modesto (PSDB), e a atual deputada Graziele Machado (PR) e Juliana Zorzo, também serão notificados para entregarem os celulares. Zorzo é suplente e era vereadora na época em que Bernal foi cassado, em 12 de março do ano passado. Segundo o Gaeco, nenhum dos que receberam a notificação são investigados, os procedimentos só foram atendidos por conta da representação feita pelo vereador Edil Albuquerque.

As notificações foram entregues ontem aos vereadores que não foram alvos da Operação Coffee Break: João Rocha (PSDB), Vanderlei Cabeludo (PMDB), Carla Stephanini (PMDB), Chiquinho Teles Coringa (PSD), Delei Pinheiro (PSD). E também os seis que votaram contra a cassação de Bernal – Luiza Ribeiro (PP), Alex do PT, Cazuza (PP), Ayrton Araújo (PT), Paulo Pedra (PDT) e Thais Helena (PT).

O Campo Grande News apurou que ao atender a representação, o Gaeco reforça que a condução das investigações só cabe aos órgãos competentes e critica a atuação do advogado Rene Siufi, que defende Edil Albuquerque, e outras pessoas que estão procurando determinar como devem ser feitas as investigações, mesmo não fazendo parte do Ministério Público.

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