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Política

Em audiência sobre orçamento de 2025, vereadores cobram obras paradas

Com previsão de R$ 9,5 milhões, Parque Cachoeiras do Ceuzinho é um dos projetos que não saíram do papel

Por Caroline Maldonado | 04/11/2024 12:13
Imagem de julho de 2024 mostra situação do local onde deve ser construído o Parque Cachoeiras do Ceuzinho (Foto: Henrique Kawaminami/Arquivo)
Imagem de julho de 2024 mostra situação do local onde deve ser construído o Parque Cachoeiras do Ceuzinho (Foto: Henrique Kawaminami/Arquivo)

Durante a audiência na Câmara Municipal para discutir o projeto de lei que estima a receita e fixa a despesa de Campo Grande para 2025, vereadores tiraram dúvidas e aproveitaram para questionar a secretaria de Finanças e Planejamento, Márcia Okama, sobre a obra do Parque Cachoeiras do Ceuzinho, que foi anunciada há mais de um anos, mas não saiu do papel e outras que estão paradas.

No próximo ano, a prefeitura prevê arrecadar R$ 6,8 bilhões, o que representa crescimento de 6,92% em relação à receita deste ano.

O vereador Ronilço Cruz, o “Guerreiro” (Podemos), destacou a importância da prefeitura buscar novos recursos junto aos senadores de deputados federais, além de levantar os questionamentos sobre as obras, citando ainda a reforma da Praça dos Imigrantes, que começou em agosto de 2023 e não foi concluída até agora; o Centro de Belas Artes; Teatro do Paço Municipal e a situação do Horto Florestal, que está sem manutenção.

“O orçamento me deixa muito frustrado, porque colocamos emendas, trabalhamos, votamos e, muitas vezes, os recursos não são aplicados. A gente não vê resultado na prática”, disse Ronilço. O parlamentar comentou, ainda, que nos próximos anos espera que a prefeitura coloque psicólogos e assistentes sociais nas escolas, como está previsto em lei e pretende insistir para que seja criado um Conselho Tutelar para Idosos.

O parque turístico Cachoeiras do Ceuzinho, que ficaria na APA (Área de Preservação Ambiental) do Córrego Ceroula, receberia um investimento de R$ 9,5 milhões, e a previsão de entrega era para 2024. O projeto prevê estrutura de playground, receptivo, quiosques, passarelas, quadras, redários e trilhas.

A secretaria não detalhou o andamento de cada um dos projetos, mas garantiu que todas as obras serão retomadas. “Vamos sim concluir, acredito que, nesse ano, o Belas Artes”, disse. Márcia destacou como prioridade a continuação da reforma do Teatro do Paço.

“A praça dos imigrantes, aquele evento do Ceuzinho, me lembro bem também dele, todos eles serão retomados e tenho certeza que agora igual você falou, nós precisamos ir à Brasília destravar alguns investimentos, que estavam postos e apresentar novos projetos a fim de trazermos melhorias para Campo Grande”, respondeu Márcia.

Da direita à esquerda: vereadores Ronilço Cruz, o “Guerreiro” (Podemos), e Roberto Santana, o "Betinho" (Republicanos), e a secretária de Finanças e Planejamento, Márcia Okama (Foto: Izaías Medeiros/CMCG)
Da direita à esquerda: vereadores Ronilço Cruz, o “Guerreiro” (Podemos), e Roberto Santana, o "Betinho" (Republicanos), e a secretária de Finanças e Planejamento, Márcia Okama (Foto: Izaías Medeiros/CMCG)

Obras para melhoria nos bairros também fizeram parte das discussões. A presidente do Residencial Flores, Arizia Suely Ferreira, reclamou sobre a falta de asfalto na região, que tem muitos buracos e cadeirantes.

“Tem esgoto há 8 anos, mas não tem asfalto no bairro que tem 30 anos. Já fiz vários ofícios, requerimentos, já protocolei e até hoje não tivemos nenhuma resposta. Então quero contar com o apoio de vocês vereadores que nos representam”, disse Arizia.

Presidente da Comissão Permanente de Finanças, Orçamento e Fiscalização da Câmara, o vereador Roberto Santana, o “Betinho” (Republicanos), e os vereadores André Luís Soares (PRD) também participaram das discussões.

LOA - O Projeto de Lei n. 11.433/24, que prevê a LOA (Lei Orçamentária Anual) foi enviado pela prefeita Adriane Lopes (PP) à Câmara Municipal e ainda passará por votação entre os vereadores.

Os parlamentares podem fazer emendas que podem ser aceitas ou vetadas pela prefeita. Cada um dos vetos da prefeitura, ou seja, os pontos propostos pelos vereadores e rejeitados, passará por votação na Câmara Municipal.

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