Fetems vai à Assembleia cobrar concurso público para acabar com temporários
Presidente do Legislativo, Gerson Claro, prometeu abrir canal de diálogo sobre as reivindicações

Professores e representantes da Fetems (Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul) estiveram nesta quinta-feira (23) na Assembleia Legislativa para apresentar reivindicações sobre o quadro de profissionais da educação no Estado.
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A presidente da entidade, Deumeires Morais, cobrou a realização de concurso público para professores e administrativos da Rede Estadual de Ensino. Segundo ela, mais de 60% dos docentes hoje atuam como temporários, o que, de acordo com a Fetems, contraria o princípio constitucional de ingresso por concurso.
A dirigente defendeu ainda a implementação integral da tabela dos servidores administrativos, prevista na Lei Complementar de 2024, que garante progressão salarial para profissionais com nível superior. Ela explicou que a medida teria baixo impacto financeiro, cerca de R$ 29 mil, e beneficiaria 74 merendeiras formadas em universidades públicas.
A mobilização faz parte da campanha nacional em defesa da educação pública, iniciada em abril. O deputado Pedro Kemp (PT) pediu concurso para preencher pelo menos 4 mil vagas.
O presidente da Assembleia Legislativa, Gerson Claro, afirmou que a Casa recebe oficialmente as reivindicações da categoria e abrir diálogo com o governo sobre os pedidos de valorização e realização de concurso público.
“Assim como todo o assunto que é tratado nesta Casa, nós pautamos as lutas com diálogo e respeito. Vamos receber as reivindicações, ouvir a manifestação da presidente e, se for o caso, montar uma comissão para discutir os números com o governo”, disse o parlamentar.
Gerson também comentou a estimativa apresentada pela Fetems de que existam 3.500 vagas puras na rede estadual de ensino, ou seja, cargos efetivos atualmente ocupados por contratados.
Segundo ele, os dados precisam ser verificados junto à Secretaria de Estado de Educação. “Como fui da educação, conheço um pouco do assunto. Nem toda ‘cedência’ é vaga pura. É importante recebermos essas informações para avaliar com responsabilidade”, afirmou.
O Campo Grande News solicitou a Secretária de Educação o numero de professores temporários e a possibilidade de concurso público e aguarda respostas.