Grupo de MS não seguirá Marina Silva em novo partido e mantém Rede
Os integrantes do partido Rede Sustentabilidade de Mato Grosso do Sul não seguirão a ex-ministra Marina Silva caso ela decida sair da legenda para se filiar ao PEN (Partido Ecológico Nacional), com o objetivo de disputar a presidência da república em 2014.
A coordenadora estadual da Rede, Neide Herrero de Carvalho, afirmou que mesmo que Marina decida pela troca partidária, os diretórios regionais do partido, contando com a unidade de Mato Grosso do Sul, irão continuar suas atividades, já que este novo processo político apenas começou. “Ficamos chateados com decisão (judicial), já que estávamos confiantes, mas isto só nos fortalece a seguir em frente”, destacou ela.
Ontem à noite, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) rejeitou o pedido para criar o Rede Sustentabilidade. O novo partido não cumpriu a exigência de apresentar as 492 mil assinturas exigidas pela legislação eleitoral. Marina lamentou a decisão da Justiça e não poderá disputar a eleição presidencial. Ela está em segundo lugar na pesquisa do Ibope, divulgada na semana passada, com 16%, contar 38% de Dilma Rousseff (PT).
De acordo com Herrero, a direção estadual acredita que venceu todas as etapas e que esta decisão da justiça não pode ser encarada como derrota. “Se não for nesta eleição, será nas próximas, este partido é fruto de um grupo política que quer renovação, uma nova tendência, o episódio não nos enfraqueceu”, enfatizou.
O coordenador executivo da Rede, Oswaldo Pimenta, fez questão de destacar que Mato Grosso do Sul foi proporcionalmente o que mais coletou assinaturas. “Nossa meta era de 1.300 assinaturas e nós conseguimos 4 mil. No início de setembro já havíamos cumprido com nossa missão”, apontou.
Possibilidades - Os dirigentes destacaram que Marina Silva deve conceder hoje a tarde uma entrevista coletiva para anunciar qual será sua decisão partidária. Ela poderá permanecer na Rede e desistir da candidatura a presidente ou trocar a legenda pelo PEN, partido que já fez um convite oficial a ex-ministra.
“Não acredito que a Marina troque o partido, até porque a tendência é ela continuar conosco e não disputar a eleição ano que vem”, apontou Neide Herrero. Já Oswaldo Pimenta destaca que esta possível mudança de Marina pode implicar em uma fusão futura com o PEN. “Cogita-se uma fusão entre os partidos, inclusive mudando o nome para Rede, mas esta situação ainda é apenas uma hipótese”, ressaltou ele.