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Política

Indicada por ex-aliado isenta Bernal no caso de professora com câncer

Kleber Clajus | 12/02/2014 15:37
Titular da Funesp diz que tomou a decisão para não prejudicar projeto liderado por esposa de vereador (Foto: Divulgação/Funesp)
Titular da Funesp diz que tomou a decisão para não prejudicar projeto liderado por esposa de vereador (Foto: Divulgação/Funesp)

A diretora-presidente da Funesp (Fundação Municipal de Esporte), Leila Machado (ex-PSDB), isentou o prefeito de Campo Grande, Alcides Bernal (PP), de culpa do remanejamento da professora Rosemary da Costa Rocha para a Semed (Secretaria Municipal de Educação). Apesar de enfrentar um câncer, ela foi remanejada pelo prefeito. O esposo da servidora e vereador João Rocha (PSDB) disse que há "mentira deslavada" no caso.

Ela disse que o caso foi “mal interpretado”. Rosemary, que é esposa do vereador João Rocha (PSDB), liderava projeto de ginástica artística por mais de 30 anos e passa por tratamento contra o câncer.

“Ela está de licença médica e foi pedida sua substituição, sendo obrigada à retornar a secretaria de origem, uma vez que é cedida para a Funesp. É um procedimento padrão e não tem nenhum tipo de cunho político. O caso foi mal interpretado. Bernal e o secretário (de Educação), José Chadid, não sabiam de nada”, diz Leila, que era aliada do vereador e chegou a se desfiliar do partido para evitar expulsão.

A diretora-presidente da Funesp acrescenta ainda que, mesmo não estando ligada diretamente ao projeto, Rosemary “vai continuar assistindo como presidente da federação (de ginástica)”. Ela ainda assegurou que as atividades continuam, mesmo com a saída da coordenadora.

Inadmissível – Por sua vez, João Rocha classifica como “inadmissível” a atitude da ex-aliada e cobra de Bernal que “seja justo” quanto ao caso.

“O que me deixa irritado é essa mentira deslavada. Minha esposa não está de licença médica e entregou um atestado hoje de manhã para aguardar resolver toda essa situação. Essas hipocrisias tem que acabar. Politizaram uma situação que não tem cabimento. Espero que o prefeito seja justo”, comenta o vereador. O trabalho, inclusive, estaria fazendo bem a Rosemary no processo de recuperação.

Rocha ainda demonstra mágoa com a ex-aliada de partido com quem conviveu por mais de 15 anos, inclusive prestou apoio durante processo ético enfrentado no PSDB, por não ter tido autorização do partido para integrar a gestão progressista.

“Leila está cumprindo missão. Se agarrou no cargo deixando ele ser mais forte que qualquer outra coisa. Para a gente ela diz que a decisão é do prefeito. Essa é a forma que estão agradecendo um ano de apoio”, analisa o parlamentar, ao lembrar que o fato que indigna mais não é da servidora ser sua esposa, mas sim ser algo recorrente com outros servidores. “Deixe os profissionais trabalharem”, recomenda Rocha.

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