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Política

Jamal deixa sede do Gaeco e diz que não recebeu benefício para cassar Bernal

Priscilla Peres e Alan Diógenes | 25/08/2015 16:31
Atual secretário de saúde, Jamal se defendeu das acusações. (Foto: Marcos Ermínio)
Atual secretário de saúde, Jamal se defendeu das acusações. (Foto: Marcos Ermínio)

O secretário municipal de Saúde, Jamal Mohamed Salem, foi o sétimo investigado a deixar a sede do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) na tarde de hoje (25). Ele foi o primeiro a conversar com a imprensa e se defender dizendo que votou na cassação do prefeito Alcides Bernal (PP), como vereador, sem ter recebido nenhum benefício.

Investigado na operação Coffee Break, deflagrada pelo Gaeco hoje, Jamal disse que foi se explicar hoje sobre o que aconteceu nos dias 12 e 13 de março quando o Bernal foi cassado do cargo. "Eu disse que o voto foi independente e consciente, diante das irregularidades da gestão do Bernal", conta ele, ao reforçar que não recebeu benefícios para isso.

Ele contou que três promotores estão ouvindo os investigados e que acredita que todos os 23 vereadores que votaram pela cassação serão chamados para depor. Jamal ainda defendeu seus colegas vereadores, dizendo que todos votaram de "forma consciente".

Sobre o atual cenário político da Capital, com Alcides Bernal reconduzido ao cargo de prefeito, Jamal diz que preferia que o Gilmar Olarte continuasse como prefeito, "para dar continuidade aos projetos".

Sobre seu cargo na prefeitura, ele explicou que ainda é vereador e que se deixar a secretaria de Saúde, volta na quinta-feira a atender em seu consultório e em postos de saúde. "Tudo o que estava em andamento é com recursos federais e vão continuar. Caso ele saia da secretaria, o próximo dará continuidade".

Sobre os cafezinhos, palavra usada para indicar o pagamento de propina, Jamal diz que não existe essa relação e que "quando chamo alguém para tomar café, é exatamente isso". E que não existe gravações do Gaeco que o incriminem em relação a isso.

A operação deteve 13 pessoas para prestar depoimentos, cumpriu 17 mandados de busca e apreensão e resultou no afastamento do atual prefeito Gilmar Olarte(PP), denunciado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, e também do presidente da Câmara Municipal de Campo Grande, Mário Cesar de Oliveira.

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