José Dirceu virá a Campo Grande discutir reativação da Malha Oeste
Ex-ministro foi convidado por ser "defensor das ferrovias", segundo a vereadora que propôs audiência pública
O ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu, estará em Campo Grande nesta sexta-feira (15), para participar de audiência pública sobre a reativação da ferrovia Malha Oeste em Mato Grosso do Sul. O evento será realizado na Câmara Municipal, às 9h.
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Segundo a vereadora Luiza Ribeiro (PT), que propôs o debate, José Dirceu foi convidado por "ser um defensor das ferrovias", inclusive sugerindo que as desativadas no Brasil sejam revitalizadas e geridas pelo poder público.
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Além de Dirceu, virá João Carlos Parkinson de Castro, o atual ministro da carreira diplomática do Ministério das Relações Exteriores e coordenador Nacional dos Corredores Rodoviário e Ferroviário Bioceânicos.
A atual ministra do Planejamento, Simone Tebet, confirmou que irá gravar um vídeo e enviar para contribuir com o debate. Já a ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) informou que vai indicar um representante para participar online.
Outros convidados já confirmados são:
- José Augusto Valente (ex-secretário de Política Nacional de Transportes);
- Pedro Uczai (deputado federal do PT/SC e membro da Frente Parlamentar Mista de Logística e Infraestrutura da Câmara);
Nomes de representantes de confederações e federações de transportes e trabalhadores de indústrias, de deputados estaduais e federais, de superintendentes e vereadores de outros municípios fecham a lista de confirmados.
A Malha Oeste - A ferrovia é administrada pela empresa Rumo Logística. Ela se estende por 1.973 km entre Corumbá (MS) e Mairinque (SP), tem sua maior parte localizada em Mato Grosso do Sul, abrangendo aproximadamente 800 km entre Corumbá e Três Lagoas e mais de 300 km entre Campo Grande e Ponta Porã. Apenas um pequeno trecho está em operação atualmente.
O interesse na reativação é para, principalmente, escoar a produção de grandes empresas do setor de celulose instaladas no Estado e se conectar a outros modais que farão parte da Rota Bioceânica. A ferrovia traria economia, agilidade e mais segurança no transporte.
Outro ponto é a viabilização do Terminal Intermodal de Cargas da Capital, chamado de Porto Seco. Ele está inviabilizado pela falta da ferrovia.
"Falta cerca de um ano para ser extinto o atual contrato com a Rumo. Diante disso, queremos discutir o futuro dessa ferrovia, da mesma forma como já discutimos a concessão da BR-163", afirma Luiza.
A vereadora ressalta que a ferrovia, além de instrumento da economia, é alternativa sustentável para a redução da dependência dos combustíveis fósseis. "E está há mais de 10 anos parada por desinteresse", provoca.
O debate é aberto para a população participar e será transmitido ao vivo pelos canais da Câmara Municipal de Campo Grande no YouTube e nas redes sociais.
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