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Política

Justiça manda tirar do ar vídeo contra candidata a vice em Bonito

Zemil Rocha | 26/02/2013 21:02
Luisa Lima pode ter sido vitima de montagem (Foto: Arquivo)
Luisa Lima pode ter sido vitima de montagem (Foto: Arquivo)

A juíza da 30ª Zona Eleitoral de Bonito, Adriana Lambert, determinou a suspensão de toda e qualquer veiculação ou divulgação da gravação telefônica de supostas conversas de Luisa Lima (PR), candidata a vice-prefeita da cidade pela coligação liderada por Leonel Lemos de Souza, o Leleco (PTdoB). Foi acatado o pedido liminar proposto pelo promotor Thalys Franklyn de Souza.

As gravações telefônicas, divulgadas via You Tube, geraram muita polêmica na campanha eleitoral em Bonito, cujo pleito suplementar para escolha do novo prefeito acontece no domingo, dia 3 de março. Nelas, Luisa aparece conversando com aliados e estaria agredindo verbalmente eleitores do bairro Marambaia.

A candidata vice-prefeita procurou a Delegacia de Polícia Civil depois que o vídeo foi veiculado no youtube, trazendo essas gravações, possivelmente vazadas ilegalmente de uma investigação atribuída ao Grupo de Atuação e Combate ao Crime Organizado (Gaeco). Não há certeza de que seja gravação feita pela órgão de investigação. Há suspeitas de que possa ser uma montagem.

“Já foi decidido no juízo pela retirada de veiculações e qualquer tipo de divulgação de imagens ou outras conversas pode configurar crime", alertou a delegada de Bonito, Maira Machado, que substitui o titular que está de férias. “A partir de agora essas investigações serão no sentido de saber como teriam conseguido”, informou ela.

Maira Machado disse que um suposto autor foi ouvido, mas este revelou que teria divulgado o vídeo no youtube, mas sem ser o criador. “Não partiu dele. Foi um usuário. Só acessou e compartilhou”, explicou a delegada. “Temos algumas informações e vamos chegar a autoria”, garantiu a delegada, informando ainda que perícias terão que ser realizadas.

A maior preocupação das autoridades ligadas ao Judiciário é que não seja prejudicada a isonomia das eleições. A delegada advertiu, ainda, que, a partir da decisão judicial, qualquer pessoa que divulgar o vídeo ou compartilhar o teor das conversas telefônicas poderá ser responsabilizada criminalmente.

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