Mandato na Câmara vai terminar sem 4 vereadores empossados
Vai e vem de parlamentares movimentou legislatura de 2021 a 2024
A Câmara Municipal de Campo Grande tem 29 vereadores, mas a cada quatro anos são eleitos e diplomados também os suplentes. Neste mandato de 2021 a 2024, já foram chamados quatro suplentes, mas nem todos estão na Casa de Leis no momento. Teve também vereador que saiu, voltou e saiu novamente, além de suplente que assumiu, mas logo teve que dar lugar a outro. No fim das contas, quatro vereadores ocuparam vagas, mas já deixaram a câmara.
O caso mais simples foi o da então vereadora Camila Jara (PT), que deixou o cargo porque foi eleita deputada federal e assumiu a cadeira em Brasília em 2023. No lugar dela, entrou a vereadora Luiza Ribeiro (PT) que segue na Câmara Municipal e tenta a reeleição nas eleições deste ano, cuja votação será no próximo domingo (6).
Já a cadeira do então vereador João César Matogrosso (PSDB) teve várias trocas. Ele saiu da Câmara Municipal em 2021, porque foi convidado a assumir a função de secretário de Estado de Cidadania e Cultura.
No lugar dele, ficou o vereador Ademir Santana (PSDB), mas após dez meses, João reassumiu o cargo de vereador porque tinha que deixar o governo para poder concorrer ao cargo de deputado estadual. João assumiu cadeira na Alems (Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul) como suplente do deputado estadual Pedro Caravina (PSDB), que se licenciou para assumir a gestão da Segov (Secretaria Estadual de Gestão e Estratégia). Em janeiro de 2024, João passou a ser secretário-adjunto da Casa Civil e agora é diretor-executivo do Detran (Departamento Estadual de Trânsito).
Com a saída de João, Ademir voltou à Câmara Municipal, mas em março deste ano saiu para integrar a coordenação da campanha do deputado federal Humberto Pereira, o “Beto Pereira” (PSDB) à Prefeitura de Campo Grande.
No lugar dele ficou o vereador Cláudio Serra, o “Claudinho” (PSDB), que já estava na Casa de Leis como suplente do vereador João Rocha (PSDB), que havia deixado a câmara para ser secretário de Governo e Relações Institucionais. João voltou e Claudinho não teve que sair porque passou a ficar no lugar de Ademir.
Neste ano, outra situação deixou novamente essa cadeira vazia e a partir daí, começou uma briga pela vaga. Claudinho foi preso por suspeita de corrupção quando era secretário municipal de Fazenda, Tributação e Gestão Estratégica de Sidrolândia. Apesar de solto, ele usa tornozeleira, apresentou atestados, ficou de licença e está novamente de atestado.
O médico e então ex-vereador Lívio Viana Leite, o “Dr. Lívio” (União Brasil) assumiu a vaga de vereador deixada por Claudinho. O oitavo suplente de vereador, Gian Sandim (PSDB), recorreu à Justiça pedindo a vaga já que Lívio havia deixado o PSDB. Ele argumentou que o STF (Supremo Tribunal Federal) e o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) consolidaram o entendimento de que os mandatos eletivos pertencem aos partidos e não aos candidatos.
O desembargador relator, João Maria Lós, negou o pedido da Câmara Municipal de Campo Grande para manter a posse de Lívio e Sandim foi empossado. Ele está atuando como vereador e deve sair se Claudinho resolver voltar ao cargo. Com isso, a Casa de Leis tem agora dois suplentes, Sandim e Luiza, ambos candidatos a reeleição.