Ministro pede suspensão de greve nas universidades federais para retomada de negociações
Preocupação é terminar o semestre para que não haja atraso no calendário acadêmico.
O ministro da Educação, Fernando Haddad, pediu ontem (15) em audiência pública na Câmara dos Deputados que os funcionários técnico-administrativos das universidades federais suspendam a greve para que as negociações sejam retomadas.
A paralisação teve início na semana passada e conta com a adesão de servidores de 37 instituições, segundo a Fasubra (Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores das Universidades Brasileiras). Em Mato Grosso do Sul, apenas os funcionários da UFGD (Universidade Federal da Grande Dourados) aderiu à greve. Na UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), a opção foi pela não paralisação, mas nova assembleia ficou marcada par ao dia 20 deste mês.
Segundo o ministro Haddad, na véspera da reunião em que a greve foi deflagrada, ele se comprometeu com os sindicatos a pactuar com o Ministério do Planejamento um cronograma de negociações. Mesmo com a sinalização do MEC (Ministério da Educação) a categoria decidiu pela greve em uma votação apertada, com diferença de apenas dois votos a favor da paralisação.
“Essa greve não está sendo boa nem para a categoria, nem para o governo. Estou reiterando os termos da carta que foi encaminhada a assembleia”, afirmou o ministro. Haddad sugeriu que a paralisação seja suspensa e o semestre letivo concluído para que as negociações sejam retomadas. “Penso que a decisão foi equivocada. Não estou garantindo que as reivindicações serão atendidas, mas que o diálogo vai ser recolocado. Encerramos o semestre e depois, se a proposta do governo não for convidativa, que a greve seja retomada”, propõe o ministro.
A Fasubra pede que o piso da categoria seja reajustado em pelo menos três salários mínimos. De acordo com a coordenadora-geral da entidade, Léia Oliveira, hoje os servidores recebem R$ 1.034. Uma das reivindicações é que a próxima LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) traga a previsão do reajuste. O risco, no caso de uma greve prolongada, é que o começo do próximo semestre fique comprometido, já que não há como processar as matrículas se as áreas administrativas estiverem fechadas.
(Com informações da Agência Brasil)