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Política

Moka afirma ver "provas robustas" contra Dilma, ao defender impeachment

Congressistas discutem processo antes de votar pelo afastamento ou não da presidente

Mayara Bueno | 11/05/2016 19:58
Senador Waldemir Moka (PMDB). (Foto: Agência Senado)
Senador Waldemir Moka (PMDB). (Foto: Agência Senado)

O senador Waldemir Moka (PMDB) discursou há pouco no Senado sobre o impeachment de Dilma Rousseff (PT). Em sua fala, o parlamentar citou decisão do STF (Supremo Tribunal Federal), que negou pedido de anulação do processo, e afirmou que seu voto é baseado em “provas robustas e elementos suficientes” para afastar a presidente.

Declarando ser favorável ao impeachment desde que o processo chegou ao Senado, o congressista lembrou trechos da decisão do ministro Teori Zawaski sobre o pedido da AGU (Advocacia-Geral da União), dizendo que cabe ao Senado a decisão de destituir ou não Dilma Rousseff.

Lembrou também que as possíveis irregularidades que Dilma cometeu começaram em 2013, segundo ele, um ensaio para o que seria feito em 2014, no ano eleitoral que resultou na reeleição da presidente. Sobre a votação de hoje, disse estar convicto que seu voto está alicerçado em “provas robustas e elementos suficientes para abrir o processo por crime de responsabilidade”.

“Pra mim, as pedaladas são eufemismo de fraude fiscal. Isto está claro para a população brasileira. O que poucos sabem é que essas pedaladas são responsáveis pelo aprofundamento da crise econômica”, afirmou. Depois da eleição, acrescentou, os “números reais” começaram a aparecer, sinalizando que Brasil “já estava quebrado antes mesmo da disputa”.

Moka finalizou dizendo que o “descontrole das contas públicas” resultou em um círculo vicioso “sem precedentes”, com inflação e juros altos, paralisia na atividade econômica. “Os juros altos, é bom frisar, foram consequência de uma política monetária equivocada”, terminou.

Mais cedo, a senadora Simone Tebet (PMDB), também discursou a favor do impeachment. Disse que o País vive hoje um dos momentos mais difíceis e perigosos da história.
A discussão continua no Senado, com a votação prevista para o fim da noite. Para aprovar, o Senado precisa da maioria simples, ou seja, metade mais um dos votos a favor.

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