ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no X Campo Grande News no Instagram Campo Grande News no TikTok Campo Grande News no Youtube
JUNHO, SÁBADO  07    CAMPO GRANDE 28º

Política

MS foi um dos que menos recebeu emendas entre os estados com 8 deputados

Entre os valores estão emendas de bancadas, individuais de deputados e senadores, além de restos a pagar

Por Jhefferson Gamarra | 21/12/2024 15:08
MS foi um dos que menos recebeu emendas entre os estados com 8 deputados
Congresso Nacional que abriga o Poder Legislativo em Brasília (Foto: Antônio Cruz/Agência Brasil)

O Governo Federal desembolsou R$ 8,28 bilhões em emendas parlamentares apenas no mês de dezembro. A liberação em massa dos recursos o em um contexto de pressão política às vésperas da última semana de votações no Congresso Nacional, quando presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tentava emplacar a aprovação do “pacote fiscal” e os parlamentares buscavam garantir a destinação de recursos a seus redutos eleitorais.

RESUMO

Nossa ferramenta de IA resume a notícia para você!

Em dezembro, o Governo Federal liberou R$ 8,28 bilhões em emendas parlamentares, em um contexto de pressão política antes das votações no Congresso, onde o presidente Luiz Inácio Lula da Silva buscava aprovar um "pacote fiscal". Apesar da exigência de transparência nas emendas, o governo editou uma portaria para facilitar os pagamentos. Mato Grosso do Sul recebeu R$ 137,2 milhões, posicionando-se entre os estados que menos receberam recursos, com destaque para emendas coletivas que beneficiaram municípios como Dourados e Campo Grande. A liberação de emendas no final do ano é uma prática comum, utilizada como estratégia de negociação entre o Executivo e o Legislativo para garantir apoio em matérias importantes.

O pagamento dos recursos também ocorreu logo após a decisão do ministro Flávio Dino, exigindo transparência nas emendas. O magistrado chegou a suspender a execução das indicações parlamentares por processos que questionavam a falta de transparência da distribuição dos recursos. No entanto, no último dia 10, o governo editou uma portaria com adequações nas regras de execução desta verba para destravar os empenhos e pagamentos.

Entre os estados que possuem o número mínimo de deputados, que são 8, Mato Grosso do Sul se destacou como um dos que menos receberam recursos em dezembro, com um total de R$ 137,2 milhões. Esse valor posiciona o estado na nona colocação entre os menores repasses do mês. Abaixo de MS estão apenas o Distrito Federal (DF) e Amapá (AP).

Entre os valores estão emendas de bancadas, individuais de deputados e senadores, além de restos a pagar de deputados parlamentares que não estão mais em mandato. Os dados foram extraídos do painel de emendas Siga Brasil.

Ranking de emendas por estado com 8 deputados em dezembro:

  1. Rio Grande do Norte (RN) – R$ 362.943.787,82
  2. Mato Grosso (MT) – R$ 245.812.589,46
  3. Rondônia (RO) – R$ 205.988.101,24
  4. Tocantins (TO) – R$ 191.204.970,58
  5. Sergipe (SE) – R$ 186.753.448,11
  6. Amazonas (AM) – R$ 178.989.277,35
  7. Roraima (RR) – R$ 151.713.161,83
  8. Acre (AC) – R$ 138.413.308,26
  9. Mato Grosso do Sul (MS) – R$ 137.212.389,84
  10. Distrito Federal (DF) – R$ 131.761.455,97
  11. Amapá (AP) – R$ 129.081.980,78

Dos R$ 137,2 milhões pagos ao Estado, R$ 11 milhões foram através das emendas coletivas, ou emendas de bancada. Esses valores são decididos por parlamentares que representam o estado em conjunto. Entre os principais benefícios do montante coletivo destacam-se o pagamento de R$ 5 milhões destinados ao município de Dourados e R$ 3,7 milhões encaminhados a Campo Grande.

As emendas individuais, aquelas que são sugeridas diretamente por deputados e senadores, representaram uma parcela significativa e maior dos recursos. Esse tipo de emenda geralmente é direcionado para investimentos em saúde, educação e infraestrutura local, na maioria das vezes beneficiando redutos eleitorais dos parlamentares.

Deputados e senadores de MS com maior volume de emendas pagas no último mês de 2024

Deputados:

  • Geraldo Resende (PSDB) – R$ 19,3 milhões
  • Marcos Pollon (PL) – R$ 15,3 milhões
  • Rodolfo Nogueira (PL) – R$ 8,8 milhões
  • Luiz Ovando (PP) – R$ 8,1 milhões
  • Dagoberto Nogueira (PSDB) – R$ 7,8 milhões
  • Beto Pereira (PSDB) – R$ 6,8 milhões
  • Camila Jara (PT) – R$ 4,8 milhões
  • Vander Loubet (PT) – R$ 2,8 milhões

Senadores:

  • Soraya Thronicke (Podemos) – R$ 16,8 milhões
  • Nelsinho Trad (PSD) – R$ 15,5 milhões
  • Tereza Cristina (PP) – R$ 11,1 milhões

A liberação de emendas no final do ano é uma prática comum e funciona como um mecanismo de negociação entre o Executivo e o Legislativo. Ao garantir a destinação de recursos para projetos locais, o governo busca apoio para aprovação de matérias importantes no Congresso.

Nos siga no Google Notícias